16/05/19 12h25
Setor de açúcar e álcool foi principal influência para o resultado do mês
FIESP
A geração de emprego na indústria paulista somou 9,5 mil novos postos de trabalho em abril, variação positiva de 0,45% na série sem ajuste sazonal e negativa em 0,21% feito o ajuste. No acumulado do ano, o saldo segue positivo em 21,5 mil postos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15/5) pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
Os setores de alimentos e derivados de petróleo e álcool contrataram mais de 12 mil novos trabalhadores em abril, que foram as principais influências positivas para o saldo do mês na indústria paulista. “Esses setores, que são influenciados pela sazonalidade da cana de açúcar, geraram contratações abaixo da média dos anos anteriores – que é de 27 mil novas vagas. Os demais setores da indústria estão em compasso de espera em razão do baixo desempenho econômico. Como este ano vem apresentando saldos abaixo do esperado, o resultado do emprego no fechamento do ano é preocupante”, avalia José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp.
Desempenho por setores
Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 45% apresentaram variações negativas, com 5 contratando, 10 demitindo e 7 permanecendo estáveis.
Os principais destaques ficaram por conta do segmento de produtos alimentícios, com geração de 10.497 vagas; coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (2.216) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (620).
No campo negativo ficaram, principalmente, confecção de artigos do vestuário e acessórios (-738); veículos automotores, reboques e carrocerias (-682) e couro e calçados (-505).
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do Estado de São Paulo e em 37 diretorias regionais do Ciesp. Por grande região, a variação em abril recuou -0,13% na Grande São Paulo (inclusive ABCD), no ABCD (-0,24%) e subiu 0,72% no Interior.
Entre as 37 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 18 que apontaram altas, destaque por conta de Sertãozinho (5,72%), com geração de 1.900 vagas, influenciada por produtos alimentícios (8,88%); Ribeirão Preto (1,88%), com a criação de 1.300 postos de trabalho, por produtos alimentícios (2,71%) e máquinas e equipamentos (1,56%).
Já das 12 negativas, destaque para Guarulhos (-1,56%), com o fechamento de 1.500 vagas, por produtos de borracha e plásticos (-2,63%) e produtos alimentícios (-2,91%) e Sorocaba (-0,69%), baixa de 700 postos, por confecções e artigos do vestuário (-5,99%) e produtos de metal (-2,44%).