Criminal
1 de Julho de 2019 às 10h45
Lava Jato no Rio de Janeiro prende procurador do Estado ligado à organização criminosa liderada por Sérgio Cabral
Investigação é decorrente de colaboração premiada de executivos da Odebrecht
Arte: Secom/PGR
A pedido da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, a Justiça Federal determinou a prisão temporária de Renan Miguel Saad. Foi determinada, ainda, a realização de busca e apreensão no endereço residencial e no escritório de advocacia do investigado.
O procurador do Estado Renan Saad, segundo executivo da Odebrecht, recebeu pagamentos da empreiteira pelo setor de operações estruturadas, tendo sido identificado no sistema Drousys (sistema especificamente destinado para a programação e execução das comunicações internas da Odebrecht relacionadas ao pagamento de propina) pelo codinome Gordinho.
Foram identificados pagamentos, relacionados à obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, a Renan Saad no valor total de R$ 1.265.000,00, nos seguintes dias e valores: 1) 10/09/2010 – R$ 185.000,00; 2) 24/09/2010 – R$ 100.000,00; 3) 04/11/2010 – R$ 90.000,00; 4) 01/12/2010 – R$ 90.000,00; 5) 08/07/2011 – R$ 400.000,00; 6) 06/10/2011 – R$ 100.000,00; 7) 30/11/2011 – R$ 100.000,00; 8) 16/02/2012 – R$ 100.000,00; 9) 18/04/2012 – R$ 100.000,00.
De maneira absolutamente independente de qualquer colaboração premiada, o Ministério Público Federal localizou em uma empresa de manutenção de depósito de documentos, contratada pela transportadora Transexpert, registro de pagamento realizado no endereço do escritório de advocacia de Renan Saad.
A prisão temporária de Renan Saad foi deferida, entre outros motivos, em razão da necessidade de colheita de depoimentos de pessoas subordinadas a Renan, imprescindíveis para apuração de crime de pertencimento à organização criminosa e de lavagem de dinheiro por intermédio do escritório de advocacia do investigado.
A obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro originalmente foi orçada em R$ 880.079.295,18, em 1998, e seu custo foi reajustado para R$ 9.643.697.011,65.
Para o Ministério Público Federal, há provas da realização de atos de ofício praticados por Renan Miguel Saad, em favor das construtoras ligadas às obras da linha 4 do metrô, em especial no que se refere à mudança do traçado original do metrô e viabilização do pagamento pela aquisição dos equipamentos necessários do TBM (Tunnel Boring Machine) e seus periféricos.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Rio de Janeiro
Tels: (21) 3971-9542 / 9543 / 9547
www.mpf.mp.br/rj
twitter.com/MPF_PRRJ
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Lava Jato no Rio de Janeiro prende procurador do Estado ligado à organização criminosa liderada por Sérgio Cabral
Investigação é decorrente de colaboração premiada de executivos da Odebrecht
Arte: Secom/PGR
A pedido da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, a Justiça Federal determinou a prisão temporária de Renan Miguel Saad. Foi determinada, ainda, a realização de busca e apreensão no endereço residencial e no escritório de advocacia do investigado.
O procurador do Estado Renan Saad, segundo executivo da Odebrecht, recebeu pagamentos da empreiteira pelo setor de operações estruturadas, tendo sido identificado no sistema Drousys (sistema especificamente destinado para a programação e execução das comunicações internas da Odebrecht relacionadas ao pagamento de propina) pelo codinome Gordinho.
Foram identificados pagamentos, relacionados à obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, a Renan Saad no valor total de R$ 1.265.000,00, nos seguintes dias e valores: 1) 10/09/2010 – R$ 185.000,00; 2) 24/09/2010 – R$ 100.000,00; 3) 04/11/2010 – R$ 90.000,00; 4) 01/12/2010 – R$ 90.000,00; 5) 08/07/2011 – R$ 400.000,00; 6) 06/10/2011 – R$ 100.000,00; 7) 30/11/2011 – R$ 100.000,00; 8) 16/02/2012 – R$ 100.000,00; 9) 18/04/2012 – R$ 100.000,00.
De maneira absolutamente independente de qualquer colaboração premiada, o Ministério Público Federal localizou em uma empresa de manutenção de depósito de documentos, contratada pela transportadora Transexpert, registro de pagamento realizado no endereço do escritório de advocacia de Renan Saad.
A prisão temporária de Renan Saad foi deferida, entre outros motivos, em razão da necessidade de colheita de depoimentos de pessoas subordinadas a Renan, imprescindíveis para apuração de crime de pertencimento à organização criminosa e de lavagem de dinheiro por intermédio do escritório de advocacia do investigado.
A obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro originalmente foi orçada em R$ 880.079.295,18, em 1998, e seu custo foi reajustado para R$ 9.643.697.011,65.
Para o Ministério Público Federal, há provas da realização de atos de ofício praticados por Renan Miguel Saad, em favor das construtoras ligadas às obras da linha 4 do metrô, em especial no que se refere à mudança do traçado original do metrô e viabilização do pagamento pela aquisição dos equipamentos necessários do TBM (Tunnel Boring Machine) e seus periféricos.
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