O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), tenta um acordo para permitir a votação da MP 871/19, que cria um programa de revisão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exige cadastro do trabalhador rural e possibilita o pagamento de auxílio-reclusão apenas nos casos de pena em regime fechado.
Lira disse que teria conversado com representantes dos trabalhadores rurais e com o secretário da Previdência, Rogério Marinho, para um novo texto, com assinatura de deputados da oposição. Ele ressaltou que, sem acordo e com obstrução, será muito difícil votar a proposta hoje. A MP perderá a validade no dia 3 de junho.
“Com muita sinceridade, se for para obstruir, com Senado já sem prazo necessário para votar, é melhor que se encerre a sessão para ver qual alternativa que vai dar”, destacou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que, na falta de acordo, vai tentar a votação do texto original da MP, sem as mudanças da comissão especial. “Se não avançar, o governo vai ter de mandar um projeto de lei, e tudo o que se discutiu será perdido”, comentou.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) informou que o partido vai manter a obstrução apesar de reconhecer que houve discussão para uma redação de acordo. “Houve acordo em um ponto, mas temos várias outras discordâncias. A nossa bancada por enquanto está com obstrução”, disse.
Por sua vez, o líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), declarou que não foi consultado sobre acordo e vai manter obstrução.
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