Maia diz que Bolsonaro precisa parar de brincadeira e buscar soluções para o Brasil
“Abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar”, disse Maia, sobre crítica de Bolsonaro
Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Maia diz que a convocação de Moro deverá ser transformada em convite
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reagiu a um comentário do presidente Jair Bolsonaro, que atribuiu algumas declarações dele [Maia] a questões pessoais e emocionais.
“Abalados estão os brasileiros, que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza; a capacidade de investimento no estado brasileiro diminuindo, 60 mil homicídios, e o presidente brincando de presidir o Brasil. Estamos na hora de parar com esse tipo de brincadeira, está na hora de ele sentar na cadeira dele, do Parlamento sentar aqui e em conjunto resolver os problemas do Brasil”, disse Rodrigo Maia.
Convocação de Moro
Em relação à convocação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, aprovada nesta quarta pela Comissão de Legislação Participativa, Maia disse que pretende cancelar a convocação e transformá-la em convite. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) apresentou recurso ao presidente da Casa, alegando que o colegiado não tem competência para convocar o ministro Moro.
“Minha impressão é que isso será transformado em convite. O ministro Moro não tem negado nenhum convite para debate. Se ele tem vindo, por que a gente vai convocar numa comissão que não é nem a comissão ligada a ele? ”, questionou o presidente.
Pautas bombas
Questionado por jornalistas, Rodrigo Maia negou que a Câmara vá votar projetos com impacto fiscal (as chamadas “pautas bombas”). Segundo ele, todo projeto que gere aumento de despesa só vai ser votado pela Casa após um amplo diálogo com a equipe econômica.
“Tenho minha posição, sou presidente e da Câmara, mas tenho a responsabilidade dessa função e sem nenhuma dúvida vou continuar onde estive, presidindo a Câmara com responsabilidade fiscal e com o meu País”, afirmou Maia.