DANIEL MONTEIRO
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No feriado da última quarta-feira (21/4), primeiro dia de vacinação contra a Covid-19 de idosos com 65 e 66 anos, a capital registrou 120.964 doses de vacina aplicadas. Desse total, 104.875 correspondem à primeira dose para a nova faixa etária, o que representa 51,15% do público estimado de 205 mil pessoas entre 65 e 66 anos.
Outras 16.089 pessoas foram até os postos de vacinação na última quarta para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19, segundo balanço da Secretaria Municipal da Saúde obtido nos postos volantes e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que abriram no feriado de Tiradentes exclusivamente para a campanha.
A vacinação na quarta-feira foi apenas para primeira dose em idosos com 65 e 66 anos, profissionais de saúde com mais de 18 anos que sejam gestantes, puérperas (mães de recém-nascidos) e lactantes e os demais grupos já liberados para imunização segundo o Plano Municipal de Imunização.
Para agilizar o tempo de atendimento, é importante que o público preencha o pré-cadastro no site Vacina Já. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço completo, telefone e data de nascimento para concluir o cadastro.
Também é recomendado que a ida aos locais de vacinação aconteça de maneira gradual, evitando aglomerações e longas filas nos postos. Para saber detalhes e quais grupos encontram-se elegíveis para receber a imunização contra o coronavírus, basta acessar a página Vacina Sampa.
Mais sobre o novo coronavírus
De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta quinta-feira (22/4) a capital paulista totalizava 26.121 vítimas da Covid-19.
Havia, ainda, 980.757 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, 1.191.656 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, nesta quinta-feira (22/4) a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo é de 79,4%.
Já na última quarta-feira (21/4), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 48%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Atuação do município
Foi entregue na terça-feira (20/4) a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Jabaquara, localizada na zona sul da capital. A 16ª UPA da cidade deve realizar cerca de 5 mil atendimentos por mês e funcionará todos os dias da semana, durante 24 horas.
A unidade oferecerá atendimentos de complexidade intermediária em clínica médica pediátrica e adulto, além de exames laboratoriais, de raios-X e de eletrocardiografia. Com a inauguração, a expectativa é que a UPA Jabaquara apoie o atendimento de toda a população da região, além de desafogar o pronto socorro do Hospital Municipal Arthur Ribeiro de Saboya.
Importante destacar que, também na terça-feira, na UPA Jabaquara, foi inaugurada a segunda mini-usina de oxigênio do município de São Paulo. Para reforçar o abastecimento de oxigênio na cidade, foram encomendadas 19 mini-usinas, sendo que a primeira foi instalada no Hospital Municipal Capela do Socorro e a segunda na UPA Jabaquara.
Outras mini-usinas de oxigênio serão instaladas nos seguintes equipamentos de maneira gradual: Hospital Dia M’Boi Mirim II, Hospital Dia Flávio Gianotti, Hospital Dia Tito Lopes, Hospital Dia Campo Limpo, Hospital Dia M’Boi Mirim I, Hospital Dia Cidade Ademar, Hospital Sorocabana, Hospital Municipal Capela do Socorro (2ª usina), Hospital Dia Itaim Paulista, Hospital Dia São Matheus, AMA São José Pires, Hospital Dia Mooca, Hospital Dia Butantã, Hospital Dia Lapa, Hospital Dia Vila Guilherme, Hospital Dia Brasilândia e o Hospital Dia Sapopemba.
Ações e Atitudes
Um estudo feito pela Fundação Seade, vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento do Estado, revelou que a pandemia do novo coronavírus fez a esperança de vida ao nascer no Estado de São Paulo cair em um ano em 2020. No ano passado, a expectativa de vida foi estimada em 75,4 anos, valor menor que em 2019, quando a esperança de vida ao nascer era de 76,4 anos.
Com o resultado, a expectativa de vida no Estado regrediu a números que eram apresentados em 2013. Segundo o estudo, “o rápido aumento dos níveis de mortalidade, devido à expansão da pandemia da Covid-19 em todo o território paulista, afetou diretamente os padrões demográficos de longevidade conquistados, resultando em retrocesso ao patamar de vida média observado sete anos atrás, entre 2012 e 2013”.
Para os homens, a expectativa de vida caiu mais do que para as mulheres. Entre as mulheres, a vida média diminuiu de 79,4 para 78,7 anos, com perda de 0,7 ano em 2020. Já entre os homens passou de 73,3 para 72,0 anos, uma redução de 1,3 ano.
Com isso, a diferença de longevidade entre os sexos passou de 6,1 anos para 6,7 anos em 2020, interrompendo o ritmo de queda. Essa diferença de longevidade entre os sexos decrescia desde 2000, quando estava estabelecida em 9 anos. Em 2019, essa diferença entre os sexos correspondia a 6,1 anos.
Além disso, no ano passado, as taxas de mortalidade cresceram nas idades acima de 15 anos. Até 14 anos, houve redução de 20%. Já entre 15 e 29 anos, houve acréscimo de 11%. Nas demais faixas etárias, o crescimento foi em torno de 15%.
Entre 30 e 59 anos, o aumento foi próximo ao dos idosos, mas o número de óbitos por mil habitantes é bem distinto. No primeiro grupo, as taxas passaram de 3,4 para 3,9 óbitos a cada mil habitantes, enquanto nas idades entre 60 e 69 anos, as taxas foram de 15,0 para 17,2 óbitos por mil habitantes. Já no grupo entre 70 e 79 anos, as taxas passaram de 33,2 para 38,0 óbitos por mil habitantes.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus
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