Em pronunciamento, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) disse, nesta terça-feira (13), que a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou estados e municípios a impor restrições a celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas em templos e igrejas durante a pandemia de covid-19, serviu de estímulo para o surgimento de um novo movimento popular no país, o da “marcha da família cristã pela liberdade”. O movimento reuniu, no domingo (11), manifestantes em todos os estados. Segundo o senador, foi “um grito pela liberdade”, declarou.
Na opinião do parlamentar, o julgamento da Suprema Corte “passou uma clara mensagem de enfraquecimento da liberdade de culto”, já que decidiu pela restrição absoluta “da livre expressão da fé”. Marcos Rogério alegou, ainda, que os que defendem a liberdade de culto não são contrários às medidas restritivas “necessárias em razão da pandemia” e que os religiosos no Brasil não são pessoas irresponsáveis, já que admitem a gravidade da situação sanitária.
— Aliás, as igrejas têm sido um exemplo de cuidado sanitário. O problema é ouvir certas declarações depreciativas do valor da expressão da fé, da importância do culto e da assistência religiosa, como se viu em votos de alguns dos ministros da Suprema Corte. O mínimo que se esperava era que o STF reconhecesse a absoluta ausência de previsão constitucional para impedir totalmente a realização dos cultos, dada a sua essencialidade para o ser humano. Nem mesmo em caso de estado de sítio ou de defesa a Constituição autoriza o fechamento de igrejas, muito menos por decreto de governadores ou prefeitos — disse.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)