Integrantes da força-tarefa do Ministério Público que investiga responsabilidades do rompimento de barragem de mina da empresa Vale S.A. em Brumadinho (MG) serão ouvidos nesta quinta-feira (30), às 9h, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre o assunto. Esta é a 12ª reunião realizada pela comissão que foi instalada em março para apurar as causas da catástrofe ocorrida na cidade mineira e aferir as condições de outras barragens.
Participam da reunião a promotora de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais Andressa Lanchotti; o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais Antônio Sérgio Tonet, e o procurador da República em Minas Gerais José Adércio Sampaio.
Desde a sua instalação, a CPI já colheu depoimentos de diversas pessoas envolvidas no rompimento da barragem de rejeitos tóxicos da mineradora Vale no Córrego do Feijão, que matou mais de 240 pessoas e poluiu o rio Paraopeba. Entre elas estão Gerd Peter Poppinga, ex-diretor-executivo da empresa, e Fábio Schvartsman, o ex-presidente da mineradora, além de auditores, engenheiros, funcionários e gerentes da Vale.
Também já compareceram às audiências representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais.
A CPI, que é presidida pela senadora Rose de Freitas (Pode-ES) e tem como relator o senador Carlos Viana (PSD-MG), está analisando 41 projetos de lei sobre o tema que estão tramitando tanto na Câmara quanto no Senado. O prazo final da CPI é 10 de julho e, segundo Carlos Viana, o relatório será entregue antes:
— Nossa expectativa é entregar o relatório no prazo, em 2 de julho. Estou muito confiante que o Senado vai dar uma contribuição importante em uma nova legislação sobre a questão das barragens para que nós não assistamos mais ao que vimos em Minas Gerais pela segunda vez — disse Viana, em entrevista à Rádio Senado.
A audiência será realizada no Plenário nº 13, da ala Alexandre Costa.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
