O ministro da Educação, Abraham Weintraub, negou que atue com viés ideológico. “Os noticiários dos jornais têm uma má vontade e distorcem a realidade”, afirmou. Disse ainda que tem sido tratado como “idiota” pela oposição.
Ele ressaltou que o bloqueio de recursos do Ministério atinge apenas 3,5% dos orçamentos das universidades. Disse ainda que não foi responsável pela medida, determinada pelo Ministério da Economia.
O ministro também vai investir em métricas para aferir resultados. “Para que não viremos a Venezuela, a gente precisa melhorar. Com gestão, transparência, governança, números como na iniciativa privada”, disse.
Ele afirmou que é contra a cobrança da graduação nas universidades. Mas sugeriu que as universidades tenham patrocínios de empresas privadas, como nos Estados Unidos.
O ministro já está há quase quatro horas respondendo aos questionamentos dos parlamentares em comissão geral na Câmara.
Desrespeito
Raul Henry (MDB-PE) afirmou que o ministro precisa se redimir e falar dos fatos que interessam à população brasileira. “É preciso olhar pela ótica da razão, do interesse da sociedade brasileira, não pelo caminho da chacota, do desrespeito, do revanchismo e da ignorância, que marcaram a sua gestão”, disse.
A deputada Renata Abreu (Pode-SP) destacou a necessidade de valorizar os professores e criticou a briga de esquerda versus direita. “Precisamos combater as fake News e apresentar soluções concretas”, disse. Ela destacou que o contingenciamento é prática de todos os governos e exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O deputado José Medeiros (Pode-MT) também disse que não se pode confundir contingenciamento de gastos. “Dilma fez, Lula fez, FHC fez e nós fazemos quando o salário acaba antes do mês”, disse.
O debate prossegue no Plenário da Câmara.
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