Encontro no Museu da Imagem e do Som, na capital paulista, abordará a presença das mulheres no universo das artes
Discutir a criatividade feminina no mundo das artes, as oportunidades no mercado e incentivar mulheres a ingressar nesse universo estão entre os temas abordados no evento “Crie Como uma Garota”, marcado para a próxima quinta-feira (25) Museu da Imagem e do Som (MIS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado.
O evento reunirá mulheres da área de artes visuais, mídias sociais, grafites e psicólogas. Divididos em diversas palestras, o “Crie Como uma Garota” ainda receberá uma feirinha temática e um pocket show. A ideia do evento surgiu depois que a artista Tami Lemos foi convidada, em março deste ano, para pintar um megapainel na entrada do MIS que retratasse a representatividade feminina.
Foram estampadas artistas icônicas em vários segmentos, como Tarsila do Amaral, Frida Kahlo, Rita Lee, Nina Simone e Yoko Ono. “Depois do mural, comecei a reparar, ainda mais, a falta de representatividade feminina na arte. Lembrei que meus ídolos e minhas referências eram Ziraldo, Walt Disney e Maurício de Sousa”, conta. “Reparei o quanto era necessário levar essa ideia adiante e estimular mulheres e crianças a criar”, completa.
Ainda de acordo com a idealizadora, a presença feminina no mundo das artes avançou, mas ainda é pouco valorizada. “As mulheres têm uma sensibilidade incrível para criar e se expressarem, e não digo no sentido de delicadeza, mas como capacidade de absorver e expressar coisas como cores, tons, traços e texturas, entre outros. Mas infelizmente não somos maioria ou parte significativa nesse campo”, lamenta.
Empoderamento
O evento estimulará o empoderamento feminino e o avanço delas nesse mercado, especialmente com exemplos de mulheres que já conquistaram seus espaços. “Temos um cenário otimista no mercado audiovisual”, acredita Thayna Laduano, responsável pelo painel Audiovisual, do “Crie Como Uma Garota”.
“Estamos em ascensão, mas a conta ainda é muito desproporcional quando comparada ao gênero oposto. São diversas as áreas de atuação em que vemos profissionais homens protagonizando”, pondera.
Para Thayna Laduano, é fundamental um olhar crítico para diminuir as diferenças no audiovisual. “Precisamos sim nos incomodar se em um set só tem gente branca ou se só tem homem. É necessário identificar a falta diversidade”, recomenda.
“Nossas criações devem refletir nossa cultura. Não faz sentido nenhum segregar a arte. Devemos ter atores e modelos negros, gays, trans, cis, mas também temos que ver isso no backstage, na criação e na execução de um trabalho audiovisual”, finaliza.
Coloquem na agenda e confira a programação completa pela internet no @criecomoumagarota!
Encontro no Museu da Imagem e do Som, na capital paulista, abordará a presença das mulheres no universo das artes
Discutir a criatividade feminina no mundo das artes, as oportunidades no mercado e incentivar mulheres a ingressar nesse universo estão entre os temas abordados no evento “Crie Como uma Garota”, marcado para a próxima quinta-feira (25) Museu da Imagem e do Som (MIS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado.
O evento reunirá mulheres da área de artes visuais, mídias sociais, grafites e psicólogas. Divididos em diversas palestras, o “Crie Como uma Garota” ainda receberá uma feirinha temática e um pocket show. A ideia do evento surgiu depois que a artista Tami Lemos foi convidada, em março deste ano, para pintar um megapainel na entrada do MIS que retratasse a representatividade feminina.
Foram estampadas artistas icônicas em vários segmentos, como Tarsila do Amaral, Frida Kahlo, Rita Lee, Nina Simone e Yoko Ono. “Depois do mural, comecei a reparar, ainda mais, a falta de representatividade feminina na arte. Lembrei que meus ídolos e minhas referências eram Ziraldo, Walt Disney e Maurício de Sousa”, conta. “Reparei o quanto era necessário levar essa ideia adiante e estimular mulheres e crianças a criar”, completa.
Ainda de acordo com a idealizadora, a presença feminina no mundo das artes avançou, mas ainda é pouco valorizada. “As mulheres têm uma sensibilidade incrível para criar e se expressarem, e não digo no sentido de delicadeza, mas como capacidade de absorver e expressar coisas como cores, tons, traços e texturas, entre outros. Mas infelizmente não somos maioria ou parte significativa nesse campo”, lamenta.
Empoderamento
O evento estimulará o empoderamento feminino e o avanço delas nesse mercado, especialmente com exemplos de mulheres que já conquistaram seus espaços. “Temos um cenário otimista no mercado audiovisual”, acredita Thayna Laduano, responsável pelo painel Audiovisual, do “Crie Como Uma Garota”.
“Estamos em ascensão, mas a conta ainda é muito desproporcional quando comparada ao gênero oposto. São diversas as áreas de atuação em que vemos profissionais homens protagonizando”, pondera.
Para Thayna Laduano, é fundamental um olhar crítico para diminuir as diferenças no audiovisual. “Precisamos sim nos incomodar se em um set só tem gente branca ou se só tem homem. É necessário identificar a falta diversidade”, recomenda.
“Nossas criações devem refletir nossa cultura. Não faz sentido nenhum segregar a arte. Devemos ter atores e modelos negros, gays, trans, cis, mas também temos que ver isso no backstage, na criação e na execução de um trabalho audiovisual”, finaliza.
Coloquem na agenda e confira a programação completa pela internet no @criecomoumagarota!