O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, campanha de monitoramento da qualidade do ar no país, com o objetivo de mobilizar as cidades para proteger a saúde das pessoas dos efeitos noviços da poluição. A iniciativa atende a um chamado da Organização das Nações Unidas (ONU), que escolheu o tema poluição do ar para ser tratado neste data.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove entre dez pessoas respiram ar com elevados níveis de poluentes no mundo. A OMS também estima que 7 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência da poluição em ambientes internos e exernos.
A maior parte das mortes está relacionada à exposição a partículas finas em ar poluído, que penetram profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e infecções respiratórias, incluindo pneumonia. A OMS alerta ainda que a poluição do ar ameaça mais as pessoas mais pobres e marginalizadas, especialmente mulheres e crianças.
O projeto lançado nesta quarta-feira, batizado de Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar, é ligado à campanha Respire Vida, realizada em parceria com a ONU Meio Ambiente, a OPAS/OMS (Organizações Pan-Americana e Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembrou que problemas na qualidade do ar são responsáveis por uma fatia considerável de recursos gastos no atendimento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de pessoas com problemas respiratórios. Segundo o ministro, o gasto anual com internações ligadas a problemas respiratórios fica em torno de R$ 14 bilhões.
“Temos diferentes climas no país e diferentes momentos da qualidade do ar. Muitos pensam que a poluição do ar se concentra em grandes centros urbanos ou próximos a complexos industriais, mas ela atinge todas as regiões. Por isso, queremos aumentar a parceria com o Ministério do Meio Ambiente para podermos, juntos, alcançar uma política sustentável que garanta qualidade do ar nos grandes aglomerados urbanos e para quem está em espaços sujeitos a queimadas e baixa umidade do ar, como o Centro-Oeste brasileiro”, disse Mandetta.
O evento desta quarta-feira everia contar com a presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sallesque não participou da cerimônia por estar acompanhando o presidente Jair Bolsonaro no lançamento oficial do projeto Juntos pelo Araguaia, às margens do Rio Araguaia, entre os municípios de Aragarças, em Goiás, e Barra do Garças, em Mato Grosso do Sul.
O projeto prevê ações de recomposição florestal, conservação de solo e água, além de ações de saneamento nos municípios goianos envolvidos por iniciativas de engajamento social junto aos proprietários rurais e setores públicos e privados que têm atuação na região.
Campanha
A campanha para melhoria da qualidade do ar foi lançada em 2017, pouco depois que a OMS firmou o entendimento de que a saúde é central no debate sobre a poluição do ar. A primeira etapa é formada por uma plataforma para sensibilizar os municípios a apresentarem suas práticas de melhora da qualidade do ar.
Entre as medidas propostas estão a instalação de redes de monitoramento da qualidade do ar nas cidades; investimento na modernização do sistema de transporte público, com a adoção de veículos híbridos, trens e metrôs elétricos; maior controle da emissão de gases de veículos automotores; melhorias na coleta e gestão dos resíduos sólidos e no tratamento de esgoto.
Durante o lançamento da campanha, houve a exposição da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar e foi lançada uma cartilha com sugestões de medidas para melhorar a qualidade do ar nas cidades. A iniciativa tem relação direta com o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano, que é poluição do ar. Durante o evento, haverá e exibição de dois vídeos – um sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente e outro de lançamento da campanha Respire Vida.
“No mundo todo estamos celebrando e chamando a atenção porque essa questão é muito importante. Os cidadãos precisam estar sensibilizados para atuar nesse debate.No Brasil, a campanha é de conscientização e de apoio aos municípios e também tem um foco na disseminação da existência de unidades de monitoramento da qualidade do ar de que o país pouco dispõe”, disse a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú.
A campanha está ligada aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), agenda que reúne ações e metas que os países se comprometeram a realizar até 2030. Entre as metas estão: acabar com a pobreza; alcançar a segurança alimentar; assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades; garantir disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos; e promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
“Esse debate sobre a poluição do ar talvez seja uma das maiores preocupações da ONU, porque atinge a todos os seres vivos, não apenas os humanos. Afeta também a biodiversidade – estamos falando da água, do sol, de tudo aquilo que a gente precisa para viver e tem consequência nas mudanças climáticas, na casa das pessoas. Temos problemas muito sérios que precisam ser tratados”, afirmou Denise.
Para o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ONU também criou o Desafio da Máscara, que consiste em usuários de redes sociais postarem uma foto cobrindo a boca com uma máscara, como demanda de intervenção imediata das autoridades em questão a qualidade do ar.
Edição: Nádia Franco
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, campanha de monitoramento da qualidade do ar no país, com o objetivo de mobilizar as cidades para proteger a saúde das pessoas dos efeitos noviços da poluição. A iniciativa atende a um chamado da Organização das Nações Unidas (ONU), que escolheu o tema poluição do ar para ser tratado neste data.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove entre dez pessoas respiram ar com elevados níveis de poluentes no mundo. A OMS também estima que 7 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência da poluição em ambientes internos e exernos.
A maior parte das mortes está relacionada à exposição a partículas finas em ar poluído, que penetram profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas e infecções respiratórias, incluindo pneumonia. A OMS alerta ainda que a poluição do ar ameaça mais as pessoas mais pobres e marginalizadas, especialmente mulheres e crianças.
O projeto lançado nesta quarta-feira, batizado de Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar, é ligado à campanha Respire Vida, realizada em parceria com a ONU Meio Ambiente, a OPAS/OMS (Organizações Pan-Americana e Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembrou que problemas na qualidade do ar são responsáveis por uma fatia considerável de recursos gastos no atendimento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de pessoas com problemas respiratórios. Segundo o ministro, o gasto anual com internações ligadas a problemas respiratórios fica em torno de R$ 14 bilhões.
“Temos diferentes climas no país e diferentes momentos da qualidade do ar. Muitos pensam que a poluição do ar se concentra em grandes centros urbanos ou próximos a complexos industriais, mas ela atinge todas as regiões. Por isso, queremos aumentar a parceria com o Ministério do Meio Ambiente para podermos, juntos, alcançar uma política sustentável que garanta qualidade do ar nos grandes aglomerados urbanos e para quem está em espaços sujeitos a queimadas e baixa umidade do ar, como o Centro-Oeste brasileiro”, disse Mandetta.
O evento desta quarta-feira everia contar com a presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sallesque não participou da cerimônia por estar acompanhando o presidente Jair Bolsonaro no lançamento oficial do projeto Juntos pelo Araguaia, às margens do Rio Araguaia, entre os municípios de Aragarças, em Goiás, e Barra do Garças, em Mato Grosso do Sul.
O projeto prevê ações de recomposição florestal, conservação de solo e água, além de ações de saneamento nos municípios goianos envolvidos por iniciativas de engajamento social junto aos proprietários rurais e setores públicos e privados que têm atuação na região.
Campanha
A campanha para melhoria da qualidade do ar foi lançada em 2017, pouco depois que a OMS firmou o entendimento de que a saúde é central no debate sobre a poluição do ar. A primeira etapa é formada por uma plataforma para sensibilizar os municípios a apresentarem suas práticas de melhora da qualidade do ar.
Entre as medidas propostas estão a instalação de redes de monitoramento da qualidade do ar nas cidades; investimento na modernização do sistema de transporte público, com a adoção de veículos híbridos, trens e metrôs elétricos; maior controle da emissão de gases de veículos automotores; melhorias na coleta e gestão dos resíduos sólidos e no tratamento de esgoto.
Durante o lançamento da campanha, houve a exposição da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar e foi lançada uma cartilha com sugestões de medidas para melhorar a qualidade do ar nas cidades. A iniciativa tem relação direta com o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano, que é poluição do ar. Durante o evento, haverá e exibição de dois vídeos – um sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente e outro de lançamento da campanha Respire Vida.
“No mundo todo estamos celebrando e chamando a atenção porque essa questão é muito importante. Os cidadãos precisam estar sensibilizados para atuar nesse debate.No Brasil, a campanha é de conscientização e de apoio aos municípios e também tem um foco na disseminação da existência de unidades de monitoramento da qualidade do ar de que o país pouco dispõe”, disse a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú.
A campanha está ligada aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), agenda que reúne ações e metas que os países se comprometeram a realizar até 2030. Entre as metas estão: acabar com a pobreza; alcançar a segurança alimentar; assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades; garantir disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos; e promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
“Esse debate sobre a poluição do ar talvez seja uma das maiores preocupações da ONU, porque atinge a todos os seres vivos, não apenas os humanos. Afeta também a biodiversidade – estamos falando da água, do sol, de tudo aquilo que a gente precisa para viver e tem consequência nas mudanças climáticas, na casa das pessoas. Temos problemas muito sérios que precisam ser tratados”, afirmou Denise.
Para o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ONU também criou o Desafio da Máscara, que consiste em usuários de redes sociais postarem uma foto cobrindo a boca com uma máscara, como demanda de intervenção imediata das autoridades em questão a qualidade do ar.
Edição: Nádia Franco