Cerca de mil venezuelanos foram atendidos durante a segunda edição do mutirão de cidadania, realizado na sede do Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) do São José, zona Leste de Manaus, no último sábado (25). A iniciativa, que promoveu atendimentos em saúde e serviço de emissão de documentos, conta com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas.
A edição deste ano ocorreu por iniciativa de secretarias estaduais e municipais e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), após o sucesso da primeira edição, realizada em março de 2018 pelo MPF. O Ministério Público Federal tem empregado medidas de acompanhamento para garantir apoio humanitário aos imigrantes venezuelanos indígenas e não indígenas pelos órgãos públicos na capital amazonense.
Segundo dados repassados pelo Acnur, coletados junto à Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), durante o mutirão deste sábado, foram realizados 266 agendamentos de solicitação de refúgio, de renovação de solicitação e orientações de solicitação de residências, além de cinco atendimentos de orientação acerca de solicitação de naturalização. Os servidores do Ministério do Trabalho, que também participaram do mutirão, efetuaram 369 atendimentos, incluindo 169 emissões de carteira de trabalho.
Os serviços de saúde oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) aos venezuelanos resultaram em 328 consultas, 377 vacinas aplicadas, 189 exames de pele, 342 receitas atendidas, 156 emissões de cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), além de duas testagens rápidas para HIV e uma para sífilis. O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) cadastrou 91 famílias no programa Bolsa Família, do Governo Federal.
Além dos atendimentos realizados pelos órgãos públicos e pelo Acnur, o mutirão também contou com a participação de entidades da sociedade civil como o Instituto Mana, que realizou palestras e entregou folhetos informativos sobre a violência contra a mulher.