A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe entra em nova etapa nesta segunda-feira (22) em todo o país com um novo público-alvo. Neste ano, os profissionais das forças de segurança e salvamento, que totalizam cerca de 900 mil pessoas, também serão vacinados, já que são expostos em atividades de risco em locais de aglomerações, um dos principais fatores de propagação do vírus da influenza. Até o final da mobilização, em 31 de maio, 59,5 milhões de pessoas devem receber a dose da vacina.
Crianças que completaram seis meses de idade, até as que ainda não completaram 6 anos, e gestantes, público da primeira etapa da campanha, continuam recebendo a vacina, mas agora todos os outros grupos prioritários também serão imunizados: trabalhadores de saúde; povos indígenas; puérperas (mulheres até 45 após o parto); idosos (a partir dos 60 anos); professores, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico, população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, e funcionários do sistema prisional.
A escolha dos grupos para vacinação segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e também é baseada em estudos epidemiológicos e no comportamento das infecções respiratórias. Por isso, são priorizadas as populações com maior chance de complicações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Atualização da Caderneta
Neste ano, as crianças e as gestantes também poderão atualizar a Caderneta de Vacinação de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, que prevê 19 vacinas, incluindo contra sarampo, difteria, coqueluche, meningite, poliomielite e outras doenças. O objetivo é resgatar os não vacinados e aumentar as coberturas vacinais nestes públicos.
Ao todo, o Ministério da Saúde enviará aos estados 64,7 milhões de doses da vacina. Para a realização da campanha, que irão abastecer os 41,8 mil postos de vacinação, com o envolvimento de 196,5 mil pessoas e a utilização de 21,5 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.
Gripe no Brasil
Neste ano, até 13 de abril, foram registrados 369 casos de influenza em todo o país, com 67 óbitos. Até o momento, o subtipo predominante no país é influenza A H1N1, com 192 casos e 47 óbitos. O Amazonas é o que apresenta a maior circulação do vírus, com 130 casos e 34 mortes.
Todos os estados estão abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.