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Novas disciplinas e mudanças na grade tornam o Novo Ensino Médio mais dinâmico e atual

por marceloleite
11 de junho de 2019
no Sem categoria
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Novas disciplinas e mudanças na grade tornam o Novo Ensino Médio mais dinâmico e atual
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Um pequeno momento de pausa tomou conta da abertura da Agenda da Aprendizagem, na última segunda-feira (10). Único estudante dentre mais de 150 técnicos e secretários estaduais reunidos, Daniel Felipe Dias, da Escola Estadual Teruko Ueda Uamaguti, foi bem direto no que queria saber.

– Minha principal dúvida é se o Novo Ensino Médio vai dialogar com todos os alunos. Tanto com aquele que quer prestar o vestibular como o que quer trabalhar. Como num restaurante, onde há o cardápio normal e o vegetariano para os clientes.

A fala foi uma oportunidade para o secretário de educação Rossieli Soares lembrar todos do porquê estavam ali.

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– Essa é a pergunta mais importante de todas. Tudo o que estamos fazendo aqui deve responder essa pergunta. É o mesmo exemplo do cardápio. Precisa ser abrangente e atual.

As ideias e práticas que regem a formação básica de um ser humano não são fixas. Elas se modificam e se remodelam e acompanham o avanço da sociedade para preencher novas necessidades. Esse desafio é contínuo e avança, desde 2017, para responder a questão levantada por Daniel.

No modelo antigo, a Educação Básica era dividida em três blocos com objetivos distintos. A Educação Infantil tinha como objetivo alfabetizar e dar as bases cognitivas e socioemocionais para crianças em sua principal fase de aprendizagem, até os 11 anos de idade. A Educação Fundamental salientava conteúdos mais abrangentes e desenvolvia competências como memória, poder de concentração e rapidez de raciocínio.

O Ensino Médio tinha um sentido prático: dar formação para o vestibular e preparar os jovens para ingressarem na outra etapa de aprendizagem, o curso superior. “O Ensino Médio, como é hoje, funciona como uma espécie de continuação do Ensino Fundamental. São os mesmos conteúdos revistos com ares de vestibular”, explica Eduardo Deschamp, conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE).

A questão é que a sociedade mudou. Segundo pesquisa do bureau de pesquisa Convênia, 58% dos jovens nascidos a partir de 2000 têm como objetivo de vida terem qualidade de vida. Outros 43% querem trabalhar numa causa na qual acredita, e 36% querem ser empreendedores. A entrada no mercado de trabalho passou a não ser o único objetivo do jovem. Impactar a sociedade, realizar sonhos e trabalhar por uma causa, seja ela própria ou maior, como a preservação do planeta, passaram a ser sonhos mais palpáveis que a casa e o carro próprio.

As ideias e práticas que regem a formação básica de um ser humano não são fixas. Elas se modificam e se remodelam e acompanham o avanço da sociedade para preencher novas necessidades.

Nessa espiral de mudanças, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada no fim de 2017, tem como principal objetivo alterar a grade de matérias que os estudantes experimentavam nos três anos do Ensino Médio, de forma a equilibrar demandas e formar cidadãos pensantes que sejam estudantes aptos a prestar o vestibular para as melhores universidades do país.

Na prática será assim: 60% do conteúdo visto durante as 3.000 horas de aulas do estudante são voltadas às disciplinas tradicionais, como história ou matemática. O conteúdo é passado com dinamismo e foco ao vestibular. Os 40% do tempo restante são dedicados a novos pilares de aprendizagem, com disciplinas que estimulam autonomia e protagonismo.

Algumas dessas práticas já são vistas na PEI (Programa de Ensino Integral), que tem disciplinas como Projeto de Vida. Na última, os estudantes debatem com o professor o que querem para suas vidas, como se enxergam na sociedade e como podem realizar seus sonhos. Outros exemplos já presentes na rede estadual de São Paulo são matérias de empreendedorismo, comunicação nas redes sociais, resolução de conflitos e liderança. Disciplinas que dialogam com o mundo atual, o vestibular e o ser humano.

Um dos efeitos imediatos dessa mudança é a mudança de indicadores como evasão e abandono escolar. “Atualmente, perdemos cerca de 2,7 milhões de estudantes para a evasão. O BNCC e o Inova Educação irão mudar esse quadro e criar uma escola mais interativa”, pondera Wisley Pereira, diretor de Currículos e Educação Integral do Ministério da Educação.

Outro efeito é formar um cidadão mais apto para viver em sociedade. “Hoje sabemos que o desenvolvimento de habilidades socioemocionais ajuda no desenvolvimento das cognitivas e no desempenho do vestibular”, explica Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna e parceira da Educação no Inova Educação.

Daniel Felipe, o estudante da pergunta mais importante de todas, concorda. Aos 19 anos, ele cursa o 3º ano do Ensino Médio pela segunda vez. Da primeira, abandonou a escola quando não via mais sentido em estudar matemática, sendo que precisava “fazer dinheiro”, segundo suas palavras. Além da mudança no Ensino Médio, ele reforça que quem fez a diferença em sua vida foram eles, os professores. “Tenho que agradecer a todos os meus professores, porque eles nunca desistiram de mim. E eu nunca vou desistir deles”.

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