Doze novos juízes do trabalho substitutos do TRT da 11ª Região tomaram posse em cerimônia realizada no último dia 5 de abril. Eles escolheram o TRT11, dentre os 24 Tribunais Regionais do Trabalho, para iniciar a carreira na magistratura trabalhista.
Coube ao juiz André Luiz Marques Cunha Junior, aprovado em quarto lugar no 1º Concurso Público Nacional Unificado para Ingresso na Carreira da Magistratura do Trabalho, falar em nome dos novos magistrados que atuarão nos estados do Amazonas e Roraima.
Em um discurso de 17 minutos marcado pela emoção, o magistrado cumprimentou as autoridades e todos que compareceram ao auditório do Fórum Trabalhista Ministro Mozart Victor Russomano, em Manaus (AM), agradecendo a acolhida e a receptividade do Regional.
Ao relatar a longa jornada percorrida pelos novos juízes substitutos, relatou a experiência de conquistar a aprovação no primeiro certame nacional realizado na história da Justiça do Trabalho, que teve mais de 11 mil inscritos e 229 candidatos aprovados, dentre os quais 147 tomaram posse naquela tarde do dia 5 de abril de 2019, em cerimônias realizadas simultaneamente em vários regionais. “A persistência e a determinação permitiram que aquele sonho juvenil, outrora utópico, hoje se tornasse realidade”, declarou citando o escritor francês Victor Hugo para referir-se ao sonho de ser juiz do trabalho que buscou realizar desde 2012, pois “não há nada como o sonho para criar o futuro”.
O juiz André Luiz Marques Cunha Junior fez questão de cumprimentar nominalmente cada um dos colegas recém empossados e destacou os pontos em comum na trajetória dos juízes e juízas que conquistaram a aprovação em um concurso histórico: a dura rotina de estudos, os sacrifícios pessoais, o apoio familiar irrestrito, os obstáculos superados, a felicidade de alcançar êxito em um dos concursos públicos mais difíceis do país, bem como a gratidão a Deus e a todos que contribuíram para aquele momento de realização profissional.
“Sinto-me honrado em proferir, em nome de vocês, meu colegas novos juízes, esse discurso de posse. No entanto, confesso que transmitir os sentimentos que nos tomam neste momento é uma tarefa inglória. As palavras não são capazes de expressar com exata fidelidade a emoção por estarmos participando desta cerimônia” afirmou.
Citando o escritor inglês William Shakespeare, disse que “a gratidão é o único tesouro dos humildes” e acrescentou que aquele momento de celebração de uma grande conquista não era só dele e de seus colegas, mas de todos aqueles que, de alguma maneira, fizeram parte de suas trajetórias e tornaram possível a realização do sonho de ingressar na magistratura do trabalho.
Ciente das grandes responsabilidades inerentes ao cargo, ele garantiu que vai servir à sociedade buscando sempre despir-se de qualquer vaidade, atuando de forma serena, movido pelo senso de justiça e visando promover a pacificação entre os jurisdicionados.
Com quase dez anos de experiência jurídica como advogado e posteriormente como servidor do Tribunal de Justiça do Piauí, o novo juiz substituto do TRT11 aproveitou a ocasião para fazer a defesa enfática da Justiça do Trabalho, a qual definiu como “órgão jurisdicional indispensável em nosso país”, que representa conquista histórica da sociedade brasileira. Ele disse sentir-se na obrigação – como cidadão e agora magistrado – de defender os direitos trabalhistas e lutar por sua plena efetividade. “A Justiça do Trabalho é, em sua essência, um patrimônio do povo brasileiro e representa a garantia do cumprimento da legislação, compatibilizando o escopo da justiça social com o desenvolvimento econômico”, enfatizou.
O magistrado concluiu o discurso dirigindo-se às sociedades amazonense e roraimense, ressaltando que encontrarão nos novos juízes profissionais comprometidos com os mais elevados padrões éticos e engajados em realizar a justiça com independência, zelo, imparcialidade, cumprindo com seriedade a função social e empreendendo todos os esforços para elevar a um patamar cada vez maior a credibilidade do Poder Judiciário.
Valores da terra
Dos 12 magistrados que tomaram posse no TRT11 na última sexta-feira (5/4), três são oriundas deste Regional, e optaram em permanecer na Justiça do Trabalho do Amazonas e Roraima, agora como juízas trabalhistas.
Stella Litaiff Isper Abrahim é amazonense, graduada em Direito pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM (2007). Foi analista judiciária no TRT da 11ª Região de 2012 a 2017. Ela atuava no gabinete da desembargadora Francisca Rita Alencar Albuquerque quando foi aprovada no concurso do Ministério Público do Estado do Amazonas, onde desempenhou os trabalhos de promotora de justiça substituta até voltar para o TRT11 como magistrada. “Eu costumo brincar dizendo que sou apaixonada pelo Ministério Público, mas quis casar com o Tribunal Regional do Trabalho. Desde o dia em que eu saí daqui pra assumir no MP, eu sonhei todos os dias em voltar. Lá foi uma segunda casa pra mim, eu fui titular de uma comarca no interior e foram todos muito acolhedores comigo. Mas queria o casamento com o TRT11. Sou de Manaus, e se não fosse pra ficar neste Regional eu nem teria feito o concurso. É uma alegria muito grande tomar posse hoje aqui”, declarou.
Vanessa Maia de Queiroz Matta nasceu em Manaus, cursou Direito na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde formou em 2011. Neste mesmo ano, ela ingressou no TRT11 como analista judiciária, deixando o cargo de assistente do juiz titular da 15ª Vara do Trabalho de Manaus para tomar posse como juíza do trabalho. A insegurança que lhe acompanhou ao longo de todo o certame agora deu lugar à gratidão e à alegria. Aprovada no primeiro concurso pra magistratura do qual ela participou, Vanessa relembra de tudo o que abdicou durante a preparação para o concurso. “Para fazer um concurso desse porte é necessário abdicar de muitas coisas, principalmente do tempo com a família e para o lazer. Muitos diziam que não era possível conseguir a aprovação na primeira tentativa, mas hoje estou aqui tomando posse e digo que, com muita dedicação e esforço, é possível lograr esse êxito”, comemora.
Caroline Pitt é natural de Bento Gonçalves (RS), mas mudou-se na infância para Manaus (AM), onde passou a residir. É bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas – Ufam (2011). Aprovada para analista judiciária no concurso de servidores do TRT11 em 2012, atuou como assessora do gabinete da desembargadora Maria de Fátima Neves Lopes até a posse como magistrada. Para ela, a emoção é de um sonho realizado. “É um dia que vem pra coroar todo o esforço de tanto tempo de estudo e dedicação, tanto tempo longe da família. Hoje é o dia em que a gente realiza que tudo isso valeu a pena. Continuar neste Tribunal, onde eu construí toda minha experiência trabalhista e quero continuar ajudando, é o ápice da minha alegria. Estarei entre amigos, e isto é muito bom”. Para o futuro ela espera “uma carreira com muitos percalços, difícil mas valiosa, que eu consiga dar uma contribuição para a sociedade da melhor maneira possível”, disse.
Conheça os novos juízes do TRT11.
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ASCOM/TRT11
Texto: Paula Monteiro e Martha Arruda
Fotos: Koynov
Arte: Diego Xavier
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