Estudo conhecido como ‘Os órfãos da Romênia’ (www.bucharestearlyinterventionproject.org) comprovou que crianças institucionalizadas por tempo prolongado, especialmente durante os primeiros anos de vida, têm déficits cognitivos significativos, incluindo diminuição de Q.I., aumento do risco de distúrbios psicológicos, dificuldade de criação de vínculos afetivos, entre outros.
Por outro lado, uma análise comparativa, com base em exames de eletroencefalograma, demonstrou que uma criança acolhida por uma família funcional se desenvolve normalmente em todos os sentidos.
O programa de Acolhimento Familiar, que já existe na cidade de SP e no país, é a resposta definitiva a essa problemática. Ao invés de ir para instituições, as crianças são direcionadas para famílias acolhedoras. Além de ser extremamente benéfico para as crianças, o programa é muito mais barato para a cidade. Uma criança institucionalizada custa duas vezes mais que uma criança em uma família acolhedora.
A cidade de SP, no entanto, está muito atrasada nesse sentido e conta com apenas 51 famílias acolhedoras contra cerca de 2.000 crianças abrigadas em instituições. Como virar esse jogo? Garantindo que a sociedade civil conheça o programa e nos ajude a mudar esses números. Faltam investimentos em divulgação, faltam campanhas de esclarecimento, faltam OSCs de coordenação em todas as regiões da cidade.
Já protocolamos o PL do Dia da Família Acolhedora e estamos trabalhando em outros projetos que ajudarão a tirar das sombras esse programa que, não muda apenas o futuro de nossas crianças e jovens, mas melhora, enriquece e fortalece o tecido social.