O deputado Dermilson Chagas (PP) em tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira (23), alertou que o Governo do Amazonas está gastando dinheiro do Fundo de Fomento, Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI), com festas e custeio da máquina pública, sem dar prioridade para rede pública de saúde.
É que em fevereiro deste ano, o governador Wilson Lima solicitou do Poder Legislativo, autorização para remanejar R$ 350 milhões (40%) da dotação inicial dos recursos do FTI para a área da saúde, dos quais 20% serão destinados à aquisição de equipamentos, materiais permanentes ou custeio para municípios do interior proporcional ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e 80% para o pagamento de terceirização de mão-de-obra.
Conforme os números retirados do Portal da Transparência pelo deputado Dermilson, nesses últimos três meses, o FTI arrecadou cerca de R$ 276 milhões, sendo que desse valor já foram gastos R$ 109 milhões (39,45%). O curioso, segundo o parlamentar, é que do total utilizado, apenas R$ 18 milhões (6,62%) foi para saúde e R$ 31 milhões (11,47%) foi para “festas de carnaval”, organizado pela Secretaria de Estado de Cultura. “Estamos observando mais uma vez que esse Governo que não tem gestão, dando prioridade para festas e custeio da máquina, porque existem também repasses do FTI para polícia civil, militar, administração penitenciária, entre outras secretarias que não tem envolvimento nenhum com a saúde”, disse.
O deputado Dermilson que sempre se posicionou contra o desvio dos recursos do FTI, ainda lembrou que teve que votar a favor dos desvios, porque o Governo havia anunciado o “caos” na saúde e que precisaria do dinheiro para sanar dívidas. “Na época, fizeram a maior confusão para que nós autorizássemos o uso do recurso. Agora, pouco mais de um mês depois, vemos o FTI sendo torrado com outras coisas. Enquanto na saúde, apenas miséria e pessoas morrendo na fila dos hospitais. Tá na hora do Wilson Lima começar levar a sério o cargo empossado pelo povo, porque se não, poderá deixar a cadeira de governador antes mesmo de completar os quatro anos”, finalizou o parlamentar.
Texto: Assessoria do Deputado
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Foto: Márcio Gleyson
