O ministro da Cidadania, Osmar Terra, apresentou nesta nesta terça-feira (19) em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Educação (CE), as diretrizes de sua pasta. Ele disse que o Ministério estuda, em conjunto com o da Economia, o pagamento de cursos de capacitação a jovens que não estudam nem trabalham e estejam vinculados ao programa Bolsa Família.
Segundo Terra, chegam a 12 milhões os jovens que não estudam nem trabalham, e o plano do governo é pagá-los, desde que vinculados ao Bolsa-Família, para fazer cursos de capacitação em parceria com o Sistema S.
— Queremos capacitar mais de 3 milhões de jovens nos próximos anos usando a grande capilaridade do Sistema S, sem custos para o governo. Vamos pagar mensalmente as famílias por cada jovem que estiver se capacitando. A fonte serão recursos de microcrédito que os bancos não aplicam, hoje equivalentes a R$ 4,7 bilhões por ano. Isto inclusive já foi negociado com o Banco Central — afirmou o ministro.
Além da participação do Sebrae e das demais instituições que integram o Sistema S, os cursos deverão ser beneficiados com a cota de microcrédito não utilizada pelos bancos privados. Terra disse ainda ter proposto essa política ao ministro da Economia, Paulo Guedes, após o anúncio de que se pretendia cortar pela metade os recursos repassados ao Sistema S. O ministro da Cidadania disse que haveria uma “diminuição nos cortes” tendo como contrapartida a capacitação dos jovens de baixa renda nessa situação.
Cultura
Terra foi questionado por vários senadores sobre as políticas públicas relacionadas à cultura e ao esporte, que passaram a ser abarcados pelo Ministério da Cidadania no governo Bolsonaro. Parlamentares como Eliziane Gama (PPS-CE), Jean Paul Prates (PT-SE) e Luiz do Carmo (MDB-GO) externaram preocupação com os investimentos públicos na cultura. Enquanto a senadora Leila Barros (PSB-DF) questionou o ministro sobre os investimentos no setor de esporte. Já o senador Eduardo Girão (Pros-CE) manifestou preocupação com as políticas antidrogas.