sábado, junho 14, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados

Para especialistas, reforma tributária deve ser discutida junto com a da Previdência

por marceloleite
6 de maio de 2019
no Sem categoria
0
0
Compartilhamentos
11
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

Participantes de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH), nesta segunda-feira (6), apontaram que mudanças no atual sistema tributário podem aumentar mais a receita do governo federal do que a proposta da reforma da Previdência. Auditores fiscais e economistas defenderam que o debate da reforma da Previdência seja feito junto com a reforma tributária. Eles apontam que isenções fiscais, recorrentes anistias a empresas devedoras e falhas na arrecadação, também precisam ser enfrentadas urgentemente.

Presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social (Anfip), Floriano Martins Neto, avalia que o debate em torno da reforma da Previdência tem se centrado apenas na diminuição da despesa.

— Só estão discutindo a reforma da Previdência pelo lado do gasto, mas quero discutir pelo lado da receita. A solução para o financiamento é uma reforma tributária. Não dá mais para fazer puxadinho, não dá para fazer minirreforma tributária, não dá mais para encaminhar apenas uma lei que mexe só com o PIS-Confins — defendeu.

PUBLICIDADE

Entre outros pontos, a Anfip defende a simplificação dos tributos, o aumento da progressividade da tributação, a redução da tributação sobre a folha de pagamento e a ampliação da tributação sobre renda e patrimônio.

Rodrigo Orair, da Instituição Fiscal Independente do Senado Federal (IFI), também defendeu a necessidade de uma reforma tributária. Segundo ele, o debate macroeconômico mundial tem avançado no sentido de discutir reformas estruturais para além do mero corte de gastos.

— O debate de reforma tributária é muito salutar. Mostra que também é possível tomar medidas não só de redução de despesas, mas que preserve nosso estado social e que, de outro lado, combine o crescimento com equidade — apontou.

Para o senador Eduardo Girão (Pode-CE) a reforma tributária é tão importante quanto a previdenciária.

— Temos uma cultura da sonegação. Tem empresário esperando o próximo Refis. É a cultura do Refis, o justo pagando pelo pecador. Não dá mais para adiar uma reforma tributária — defendeu.

O senador Paulo Paim (PT-RS),  por sua vez, afirma que o atual governo defende a aprovação da reforma da Previdência como saída para todos os problemas.

— O país está praticamente parado. O desemprego aumenta a cada dia. Dizem que a saída é a reforma da Previdência. A saída para o desemprego, para a taxa de juros e agora até para a educação. O governo coloca a esperança do país em uma reforma da Previdência — criticou.

Para o subsecretário de Assuntos Fiscais da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério da Economia, Geraldo Julião Júnior, tanto a reforma da Previdência quanto a reforma tributária são fundamentais.

— O governo está preparando uma proposta de reforma tributária. Enquanto tivermos esse sistema com esse nível de complexidade de tributos, a gente gera Refis e sonegação porque ninguém sabe efetivamente qual tributo pagar. Nossa taxação é do século 19 — ponderou.

Deficit?

Além da urgência de uma reforma tributária, a audiência pública na CDH evidenciou que não há consenso em torno do deficit da Previdência. O governo diz que as despesas ultrapassam as receitas e que, portanto, é inegável o deficit. A Anfip e outras entidades questionam alguns mecanismos que influenciam as contas da Seguridade Social como a Desvinculação de Receitas da União (DRU), que permite ao governo federal usar livremente parte de sua arrecadação com taxas e contribuições. Participantes de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) também consideram que a redução das desonerações a empresas e o combate à sonegação são mais importantes do que mudanças nas regras de aposentadoria para garantir a viabilidade do sistema.

Segundo Flávio Vaz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), só com a DRU foram subtraídos do caixa da seguridade social perto R$ 120 bilhões de reais no passado.

De acordo com Vaz, o deficit só é verificado quando se analisam unicamente as contribuições e as despesas previdenciárias. No entanto, conforme frisou o debatedor, a Previdência integra o orçamento da Seguridade Social, que também inclui a assistência social a as ações de saúde.

— Se está subtraindo receitas, eu não posso chamar de deficit — disse.

A visão é compartilhada por Juliano Musse, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ele afirma que desvinculações das receitas, renúncias fiscais e sonegações são os principais problemas para fechar a conta.

— Estão tirando recursos de uma situação deficitária? É um paradoxo. Estão retirando dinheiro de onde não tem? — questionou.

O diretor de Assuntos Parlamentares do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), George Alex Lima de Souza, defendeu uma mudança de foco: o combate à sonegação.

— A sonegação é decorrência de uma posição do Estado. Se enfraquece a fiscalização, se corta orçamento e não investe em tecnologia, obviamente será um Estado mais leniente — afirmou.

Mas Geraldo Julião Júnior ressaltou que o Tribunal de Contas da União (TCU) já convalidou os cálculos do governo e afirma: há deficit e, sem a DRU, seria difícil fechar o Orçamento.

— O governo segue a legislação vigente. Temos um deficit na seguridade social da ordem de R$ 309 bilhões e a DRU é da ordem de R$ 110 bilhões. Mesmo que devolvêssemos totalmente a DRU ainda haveria deficit, mas se fizéssemos isso não conseguiríamos fechar o Orçamento da União, ou fecharíamos o Orçamento com uma emissão de títulos muito maior. Temos um problema estrutural de contas públicas — afirmou o secretário.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

marceloleite

marceloleite

Próxima notícia
Radialista Humberto Amorim vai receber Título de Cidadão do Amazonas

Radialista Humberto Amorim vai receber Título de Cidadão do Amazonas

Recommended

Get to know Microsoft Family features and settings

Get to know Microsoft Family features and settings

7 anos ago
Subcomissão discute nesta terça-feira mudanças no Código Penal

Subcomissão discute nesta terça-feira mudanças no Código Penal

4 anos ago

Popular News

    Connect with us

    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia

    Sem resultados
    Visualizar todos os resultados
    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia