Partidos podem retirar destaques para acelerar votação da reforma na comissão, segundo Maia
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia ainda mantém expectativa de votar reforma no Plenário na semana que vem
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que um acordo está sendo construído entre alguns partidos para que na comissão especial que debate a reforma da Previdência (PEC 6/19) não sejam apresentados destaques. O objetivo é dar mais celeridade à votação do texto no colegiado.
Maia disse ainda que mantém a expectativa de votar a reforma da Previdência no Plenário na próxima semana, mas a comissão especial ainda não tem data para votar a proposta.
Nesta terça-feira (2), o relator Samuel Moreira (PSDB-SP) apresentou complementação de voto ao parecer. Estados e municípios continuam de fora da reforma.
Rodrigo Maia acredita que a reinclusão só ocorra por destaque no Plenário. “Política é a arte de dialogar e ter paciência, e é isso que a gente tem que fazer até o último minuto com a compreensão de que é importante incluir os governadores”, destacou.
Política local
De acordo com o presidente da Câmara, o que tem dificultado a participação dos governadores e dos prefeitos na reforma é a política local. Segundo Maia, mesmo assim, é preciso dialogar com os entes federados porque o problema fiscal de estados e municípios terá de ser enfrentado. “Num prazo muito curto, o problema vai bater no orçamento federal. É melhor que se organize logo”, cobrou Maia.
Segurança Pública
Em relação às pressões de bancadas ligadas à segurança pública, Maia acredita que é possível a construção de um acordo até amanhã de manhã, desde que esse acordo não prejudique a economia prevista no relatório do deputado Samuel Moreira. A intenção, conforme informou ontem o líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), é incluir uma regra mais amena de transição para os policiais federais e para os policiais rodoviários federais.
Rodrigo Maia considera difícil incluir a medida na reforma. “É preciso muito cuidado para incluir qualquer coisa agora, acho que vai, inclusive, precisar de uma sinalização do próprio ministério da Economia, dizendo que não há desconforto nesse diálogo”, disse o presidente.