O Governador João Doria anunciou, nesta quinta-feira (4), que o Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo manteve o crescimento no ano de 2020, considerado o mais difícil da história recente em razão dos reflexos negativos da pandemia do coronavírus. De acordo com cálculos da Fundação Seade, o PIB do Estado de São Paulo registrou crescimento de 0,4%, resultado que demonstra os esforços e a correta condução das políticas econômicas pelo Governo de SP.
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“Enquanto o PIB do Brasil recuou 4,1%, o PIB do Estado de São Paulo avançou positivamente 0,4%. O crescimento econômico, em meio à pandemia que devasta o país, é um sinal de força da economia do Estado de São Paulo”, pontuou o Governador João Doria.
Se fosse um país, São Paulo estaria ao lado de raras nações a não registrar desempenho negativo no período marcado pelos efeitos da pandemia. A economia mundial recuou em média 3,5% em 2020, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Todas as maiores economias, inclusive Estados Unidos e as da União Europeia, registraram retrações entre 3,5% e 7%. O PIB do Brasil recuou 4,1%, o pior desempenho desde 1990.
O resultado positivo de São Paulo é reflexo de uma série de ações do Governo de SP na atração de investimentos e promoção do crescimento. O estado já havia registrado crescimento bem acima média nacional em 2019, com 2,2% pontos enquanto o Brasil registrou 1,4%. O desempenho possibilitou ao Estado maior robustez para enfrentamento dos piores momentos da crise e uma recuperação rápida com curva em V.
Os dados apresentados pelo secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, demonstram que houve significativa recuperação, de 9,8%, a partir do terceiro trimestre, após retração de 6,3% no segundo trimestre. O desempenho geral foi puxado pelo setor de serviços e tecnologia, que representa 77% da economia e cresceu 1,8% no ano.
“É um resultado extraordinário, dadas as condições que todos enfrentamos, com os efeitos de uma crise sanitária de escala mundial”, disse o secretário Henrique Meirelles. “Um crescimento que é um sinal da força da economia de São Paulo”.
Enfrentamento da pandemia
O crescimento do PIB de São Paulo mostra que o Estado seguiu o caminho correto no planejamento econômico, com medidas de estímulo ao crescimento apesar das medidas restritivas necessárias para contenção das taxas de contaminação do coronavírus. São Paulo foi um dos estados pioneiros no isolamento social e, mesmo assim, vem mantendo 74% dos setores econômicos em atividade durante a quarentena.
“As dificuldades na economia em 2020, que persistem em 2021, são causadas por uma crise sanitária sem precedentes, que só será superada com a vacinação em massa. Líder na imunização da população com a Coronavac, São Paulo tem uma perspectiva econômica positiva para este ano”, destacou Meirelles.
Previsão para 2021
De acordo com a Fundação Seade, o PIB paulista pode crescer em torno de 5% em 2021. Parte deste desempenho vem do impulso dado pelo ritmo forte de crescimento do segundo semestre do ano passado.
Geração de empregos
A Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Patrícia Ellen, também apresentou os dados sobre a geração de empregos no Estado. São Paulo fechou 2020 com estoque de emprego próximo ao nível de 2019 (-0,01%). Além disso, o Governo de SP fomentou, direta ou indiretamente, mais de 800 mil novas oportunidades em 2020. Apenas a Secretaria de Desenvolvimento Econômico promoveu um total de 713.105 oportunidades.
“Fechamos com saldo próximo de zero, ou seja, a aceleração que tivemos no segundo semestre compensou a perda que tivemos no pior momento da pandemia”, afirmou Patrícia Ellen.
Abertura de empresas
Em 2020, a JUCESP teve o melhor saldo líquido de abertura de empresas em São Paulo desde de 2013. Foram abertas 224.153 empresas e o saldo líquido de abertura foi 15% maior do que o registrado em 2019. A isenção da taxa de abertura de empresas durante o período entre os dias 25 de agosto e 03 de outubro do ano passado auxiliou nesse aumento.
Polos
Em todo Estado, foram reconhecidos 14 Polos de Desenvolvimento Econômico que concentram 81% do Valor de Transformação Industrial do Estado e 68% de todos os empregos de toda a Indústria. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico atua em seis esferas (Simplificação, Financiamento, P&D e Tech, Qualificação, Infraestrutura e serviços e Ambiente de negócios & Desburocratização) com o objetivo de otimizar políticas públicas e impulsionar o setor privado.