O senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse em Plenário nesta quarta-feira (10) concordar parcialmente com algumas declarações do presidente Jair Bolsonaro em relação ao desenvolvimento da Amazônia.
Assim como Bolsonaro, Plínio defende a exploração racional das riquezas naturais da região. Na opinião do senador, não é justo que o caboclo passe fome, enquanto pisa em ouro e outros minerais, para preservar a floresta em pé.
O parlamentar afirmou que o mesmo vale para os índios, fazendo coro com o que disse o presidente Bolsonaro, quando defendeu a aproximação de comunidades indígenas do restante da população. Segundo Plínio, os índios também querem viver dignamente e isso não significa apenas demarcar terras, mas também garantir a oferta de serviços que garantam a sua sobrevivência.
Ele alertou que países e autoridades estrangeiras fazem doações para organizações não governamentais (ONG) sem saber que tais entidades não fazem o dinheiro e os serviços chegarem até o índio.
— Quantas vezes afirmei e quantas vezes haverei de afirmar em alto e bom tom? O índio brasileiro não precisa ser tutelado. O índio não quer tutor, o índio quer a liberdade de ter as políticas iguais às de qualquer outro — disse.
Plínio, no entanto, disse ser contrário à ideia de Jair Bolsonaro de querer firmar uma parceria exclusiva com os Estados Unidos para explorar a Amazônia. Ele acredita que a parceria com um único país não é boa para a região, apesar de reconhecer a importância do ingresso de capital estrangeiro para a região.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)