O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recebeu em audiência nesta quinta-feira (27) os três procuradores que encabeçam a lista tríplice para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Também participaram do encontro o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fábio George Cruz da Nóbrega, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O comando da PGR fica vago em setembro, quando se encerra o mandato de dois anos de Raquel Dodge, que foi escolhida pelo ex-presidente da República Michel Temer e não deve ser reconduzida ao cargo.
— Nos últimos 18 anos, essa construção democrática tem sido respeitada. Membros do Ministério Público Federal de todo o país participam de debates em que discutem questões fundamentais de nossa atuação e escolhem ao final os nossos líderes. Estão aqui os três líderes que foram indicados com representatividade, com liderança, para inspirar e mobilizar nossa instituição, que tem missões fundamentais a cumprir no país, no combate à corrupção, no aperfeiçoamento da justiça penal — afirmou Fábio Nóbrega à saída do encontro.
Ele disse que cerca de 1.150 membros do Ministério Público votaram e que o cargo de procurador-geral da República é um dos mais relevantes do país. A entrega oficial da lista ao presidente Jair Bolsonaro deve ocorrer na próxima semana. O presidente da ANPR disse esperar que a lista será respeitada.
A lista tríplice é feita após votação entre procuradores e é uma sugestão para a escolha do próximo chefe da PGR por parte do presidente da República, que não é obrigado a escolher um dos indicados. Este ano, o subprocurador Mário Bonsaglia ficou em primeiro lugar, a subprocuradora Luiza Frischeisen, em segundo, e o procurador regional Blal Dalloul, em terceiro.
Randolfe Rodrigues lembrou que a lista foi respeitada nos mandatos dos ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer. O senador ressaltou ainda que o nome indicado pelo presidente da República precisa passar pela análise do Senado.
— O presidente do Senado afirmou que o compromisso dele é com a lista tríplice. Este Senado tem o compromisso institucional e político com a lista tríplice. Não quero acreditar que, neste momento, essa tradição virá a ser rompida. Quem tem compromisso no combate à corrupção no Brasil apoia a lista tríplice — disse Randolfe.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)