sexta-feira, junho 20, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados

Projeto que permite à gestante optar por cesárea causa polêmica em audiência

por marceloleite
2 de julho de 2019
no Sem categoria
0
Projeto que permite à gestante optar por cesárea causa polêmica em audiência
0
Compartilhamentos
23
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Audiência pública para debater acerca do enfrentamento à violência obstétrica no Brasil. Deputada Estadual e Advogada, Janaína Paschoal

Deputada estadual Janaína Paschoal, que defendeu projeto que permite à gestante optar pela cesariana na rede pública

Em audiência pública na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2) sobre violência obstétrica, causou polêmica projeto de lei da deputada estadual Janaína Paschoal, do PSL, que garante à gestante a possibilidade de optar pela cesárea a partir da 39ª semana de gestação. O texto foi apresentado à Assembleia Legislativa de São Paulo, mas proposta de igual teor (PL 3635/19) tramita na Câmara, de autoria da deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

Presente ao debate, Janaína Paschoal disse que hoje o direito de a gestante optar pela cesariana, garantido pela Resolução 2144/16 do Conselho Federal de Medicina, só é assegurado de fato na rede privada de saúde. Para ela, deve ser assegurado também na rede pública. “Pessoas defendem a autonomia das mulheres, mas só admitem essa autonomia quando a paciente escolhe parto normal”, avaliou. “Em regra, alega-se que a mulher não tem capacidade de decidir por falta de informações, mas esse é um discurso elitista, porque parte do pressuposto que as mulheres mais carentes são incapazes, e elas são capazes sim”, completou.

Janaína citou riscos do parto vaginal, como a anoxia (diminuição de oxigênio do bebê durante o nascimento), que pode levar à paralisia cerebral.

PUBLICIDADE

Projeto anticientífico
Uma das deputadas que pediu a audiência, Sâmia Bomfim (Psol-SP) destacou que 84% dos partos da rede privada e 40% no Sistema Único de Saúde (SUS) são cesáreas – ou seja, mais da metade dos partos do Brasil são feitas por meio do procedimento cirúrgico. “Qual é a motivação de estimular as mulheres a executarem mais cesáreas, sendo que a própria Organização Mundial de Saúde recomenda entre 10% e 15% – ou seja, quando o nosso país está muito acima do estipulado? Não seria isso anticientífico?”, questionou.

A deputada estadual de São Paulo, Mônica Seixas, também do Psol, acredita que ambos os projetos de lei fazem publicidade da cesariana, ao prever uma placa nas maternidades e hospitais dizendo que a gestante pode optar pela cesariana. “A cesariana é uma cirurgia, que aumenta seis vezes a chance de infecção e de retirada de útero, e os danos são cumulativos. É seguro e indicado para a mulher só até três cesarianas, mais do que isso ela pode inclusive ter mais chance de morte materna. É esse tipo de informação que a gente não mostra quando faz publicidade da cesariana”, apontou.

Custos
Mônica Seixas acrescentou que os projetos de lei não preveem a fonte dos novos custos criados. “Hoje pela tabela do SUS o parto normal custa R$ 1.709, a cesariana custa R$ 2.224– 24% a mais”, disse.

Para a deputada Carla Zambelli, por conta dos custos, hoje se obriga a mulher a ter parto normal nos hospitais públicos. “Se a gente acredita que no meu corpo são minhas regras, a gente deveria dar a opção para a mulher”, disse. “Eu acho que gente deveria dar publicidade sim, porque muita gente não sabe que tem essa possibilidade”, completou.

Opções da mulher
Para a coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Púbica de São Paulo, Paula Sant’Anna de Souza, hoje a mulher tem que optar entre parto vaginal traumático e uma cesárea eletiva. “Ela não pode caminhar ou comer durante o parto”, citou. Para ela, é preciso informar melhor a mulher sobre seus direitos e sobre dados que mostram que as cesáreas trazem três vezes mais riscos para a mulher e para a criança do que o parto vaginal.

Na visão do representante do Conselho Federal de Medicina, Alceu Pimentel, não existe a melhor opção de parto. “Ambas têm vantagens e desvantagens; o normal é a maternidade segura”, afirmou. Porém, ele concorda que existe uma epidemia de cesarianas no País. “Essa situação tem que ser mudada, mas não é problema só do profissional, é cultural e envolve a situação dos sistemas de saúde”, observou.

marceloleite

marceloleite

Próxima notícia
Debatedoras cobram uso do termo violência obstétrica pelo Ministério da Saúde

Debatedoras cobram uso do termo violência obstétrica pelo Ministério da Saúde

Recommended

Na sessão desta quinta, vereadores voltam a debater sobre o cenário político nacional

Na sessão desta quinta, vereadores voltam a debater sobre o cenário político nacional

4 anos ago
Projeto regulamenta publicação de obras na internet sem autorização do autor

Projeto regulamenta publicação de obras na internet sem autorização do autor

6 anos ago

Popular News

    Connect with us

    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia

    Sem resultados
    Visualizar todos os resultados
    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia