Para o líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), “o governo mente e o ministro mente”, disse, referindo-se ao corte defendido pelo Planalto de 3% sobre o orçamento total da Educação federal em vez de 30% sobre o que pode ser contingenciado.
Para Valente, a intenção do ministério é perseguir as universidades até que elas sejam privatizadas. “A gente achou que o Vélez era ruim, mas esse ministro é muito pior”, alertou.
Também indicada pelo Psol, a deputada Fernanda Melcchionna (RS), criticou os cortes, ressaltando que também o Fundeb foi contingenciado em 40%. “Vemos milhões de jovens nas ruas, abraçando a universidade para salvar o País. Os verdadeiros idiotas estão no governo. Vou dar duas dicas ao senhor, ministro, leia Paulo Freire e renuncie”, afirmou.
Critérios mais claros
Indicada pelo PRB, a deputada Aline Gurgel (AP) lamentou os cortes feitos governo no orçamento das universidades e institutos federais de financiamento. “Antes do contingenciamento, o senhor já havia esclarecido que ele incidiria sobre despesas de custeio, então gostaria que o senhor tornasse mais claro os critérios”, disse.
Ela também acusou o ministro de tentar pressionar o Parlamento pela aprovação da reforma da Previdência ao condicionar a liberação de mais recursos à sua aprovação.
Telefonema
O deputado Capitão Wagner (Pros-CE) anunciou que votou em Bolsonaro nos dois turnos e relatou que viu o presidente da República ligar para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, determinando que ele suspendesse o contingenciamento. O telefonema teria ocorrido durante reunião de vários partidos no Palácio do Planalto. “Queria que o ministro confirmasse se houve ou não o telefonema. Não é possível que o presidente tenha encenado essa ligação”, observou.
O debate prossegue no Plenário da Câmara.
Mais informações a seguir