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Por Agência Amazonas
Ao todo, 10 reeducandos trabalham nos ofícios de marcenaria, alvenaria, emboço, pintura e elétrica. FOTO: Divulgação/Seap.
Reeducandos do programa “Trabalhando a Liberdade”, da Secretaria de Estado Administração Penitenciária (Seap), atuam como mão de obra na reforma do Centro de Operações e Controle (COC), localizado na Avenida Codajás, nº 400, bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus. A realização da obra visa um atendimento mais humanizado e um ambiente seguro e salubre para os servidores.
Quinze internos do Centro de Detenção Provisória de Manaus II (CDPM 2) iniciaram os serviços de desocupação dos espaços e derrubada de paredes para criação de novos ambientes, no dia 19 deste mês. Agora, 10 reeducandos trabalham nos ofícios de marcenaria, alvenaria, emboço, pintura e elétrica.
Os trabalhadores também estão realizando serviços pontuais, como reforma da cozinha e criação de novo arquivo do semiaberto, que funciona no primeiro andar do mesmo prédio. A mão de obra disponível e qualificada, por meio de cursos profissionalizantes no sistema prisional, tem contribuído significativamente com a economia no uso dos recursos públicos.
“Se fôssemos contratar uma empresa terceirizada para fazer essa obra, gastaríamos cerca de R$ 80 mil. Com o uso da mão de obra dos reeducandos, nós estamos gastando apenas R$ 9 mil com a compra de materiais e insumos”, revela o coordenador do COC, tenente Tales Renan Silva.
O coordenador admitiu ter sido surpreendido com a qualidade do serviço dos internos. “Para mim foi uma grata surpresa saber que a gente possui uma mão de obra tão qualificada dentro dos nossos muros”. Wanderley (nome fictício) é um dos internos trabalhando na reforma, e diz se importar mais com o conhecimento que vem adquirindo com cada trabalho realizado do que com a remição de um dia na sua pena, conseguida a cada três trabalhados.
“Desde que o secretário Vinícius (Almeida) entrou e implantou o ‘Trabalhando a Liberdade’, eu faço parte dele. E para mim o foco é o meu progresso no aprendizado, porque a minha saída da cadeia vai acontecer de algum jeito, mas o que eu quero é evoluir no meu conhecimento de elétrica. E eu aconselho a todos aqueles que também querem evoluir a entrar no programa e aproveitar as oportunidades”, pontuou.
Os trabalhos no local ainda devem durar cerca de duas semanas até a conclusão total da obra. Embora não esteja em pleno funcionamento, o COC continua realizando a instalação das tornozeleiras eletrônicas e manutenções pontuais nos dispositivos.