quarta-feira, setembro 10, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados

Representantes de bares e restaurantes criticam limitações ao funcionamento

por marceloleite
7 de junho de 2021
no Sem categoria
0
Representantes de bares e restaurantes criticam limitações ao funcionamento
0
Compartilhamentos
17
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

Em debate promovido nesta segunda-feira (7) pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR), representantes de bares e restaurantes apresentaram dados para ressaltar as dificuldades econômicas enfrentadas pela maioria desses estabelecimentos, prejudicados pela pandemia de covid-19. Eles também criticaram as limitações impostas ao funcionamento dos estabelecimentos e cobraram políticas públicas específicas para o setor.

Representando o Ministério do Turismo, William França, secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, lembrou que o segmento foi um dos primeiros a serem afetados pelo início da pandemia, mas espera que “não seja o último a retornar ao cenário anterior”. Ele salientou as políticas públicas do governo federal em apoio ao setor de turismo, que registrava crescimento até a crise provocada pela pandemia, e lamentou que muitos estabelecimentos tenham sido fechados.

PUBLICIDADE

— O governo tentou, da parte do que nos coube, salvar o setor e evitar as perdas e os fechamentos. É óbvio, o resultado não foi o que a gente gostaria; a pandemia se prolongou, ceifando vidas.

Segundo William França, o ministério tem buscado criar condições para auxiliar o setor na retomada do movimento turístico, que, ressaltou ele, deverá ser favorecido na medida em que a vacinação for avançando e os casos de covid-19 forem diminuindo.

No mesmo sentido, Fernando Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), alertou para as consequências das restrições a uma atividade que emprega muitas pessoas e requer fluxo contínuo de receita. Ele afirmou que a maioria desses estabelecimentos é de pequeno porte e trabalha com um nível de endividamento muito alto, o que aumenta a demanda por financiamentos.

— Cerca de 71% dos estabelecimentos estão endividados, e um terço deles está endividado com mais de um ano de faturamento comprometido. São empresas que demorarão alguns anos para quitar suas dívidas, porque esse é um setor com margens muito apertadas — ressaltou, pedindo um “olhar especial” do Estado para as questões tributárias e de financiamento do setor.

Graco Terceiro Neto Parente Miranda, diretor da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), criticou as taxas de entrega das empresas de delivery, que, segundo ele, chegam a 27%, e lembrou que muitos estabelecimentos, por suas características, não podem adaptar-se ao sistema de entregas de alimentos. Entre os obstáculos enfrentados por essas empresas, Graco apontou a dificuldade de obtenção de certidões negativas de débitos (para a contratação de financiamentos) e a edição “na calada da noite” de decretos estaduais e municipais que limitam a atividade de bares e restaurantes.

— Eles esquecem que nosso estoque é perecível. Não podemos deixar para vender o alimento após 15 ou 20 dias. Isso gera um prejuízo imensurável para o segmento — criticou, apresentando estatísticas que não indicam correlação entre a imposição de medidas restritivas aos restaurantes e a redução da incidência de covid-19.

Representando a seccional de Alagoas da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Brandão Junior também questionou a associação entre funcionamento de restaurantes e casos de covid-19.

— Se os números [da covid-19] não caem com o fechamento do nosso setor, por que os governantes insistem em restringir nosso funcionamento por dez meses, um ano? — indagou.

Segundo Brandão Junior, desde os primeiros momentos da pandemia a Abrasel nacional estabeleceu todos os protocolos sanitários para o setor, o que, no entanto, ainda não resultou na suspensão das restrições de funcionamento.

Segundo Marcelo Maia, diretor da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de bares e restaurantes é predominante no mundo das franquias, mas foi “aniquilado” durante a pandemia. Ele expressou as preocupações dos franqueadores, principalmente no âmbito fiscal e no que se refere à abrangência do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que ele considera insuficiente. Maia chamou atenção para a dificuldade que os franqueados enfrentam com o pagamento de aluguéis diante dos elevados índices de reajuste.

—  Quando as relações privadas chegam a um ponto de difícil convergência entre duas partes, acho fundamental, para a saúde da economia e das empresas, a mão do Congresso Nacional.

Para Ely Mizrahi, presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), as perspectivas para bares e restaurantes seguem limitadas devido à insuficiência do processo de vacinação e a falta de políticas específicas para os mais afetados.

— Os nossos governantes, nas diferentes esferas, continuam com a percepção de que a pandemia afetou todos os setores da mesma forma. Mas essa não é a realidade.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) nacional, Paulo Solmucci, ao ressaltar que ele representa um dos setores que mais perdeu com a pandemia, defendeu ações específicas e urgentes para enfrentar a situação. Ele disse que 74% dos estabelecimentos ainda precisam de novos empréstimos, e, em março, 91% não conseguiram fechar a folha salarial em dia.

— É um setor muito machucado, que pagou uma conta desproporcional e até injusta para o bem-estar da sociedade, e que merece uma atenção especial de toda a sociedade.

Paulo Solmucci manifetou apoio ao PLP 33/2020, projeto de lei que cria o marco legal do reempreendedorismo, destinado a facilitar a reestruturação de dívidas das pequenas empresas. Ele teme que o fechamento de negócios devido à pandemia leve os empreendedores a um “drama de 20 anos” e desestimule novas atividades empresariais.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR), Fernando Collor (Pros-AL), lamentou a perda de empregos e o fechamento de empresas causados pela pandemia e também salientou a importância do projeto que cria o marco legal do reempreendedorismo. Ele destacou a atuação decisiva do Congresso Nacional em apoio à sociedade neste momento.

— Tudo isso necessita de avaliação aprofundada por parte do Congresso Nacional: como podemos ajudar para que esses nomes não estejam mais negativados, como estão milhares e milhares?

Fernando Collor também declarou-se favorável a uma discussão entre o Congresso e o Ministério da Economia sobre a renegociação de dívidas fiscais de bares e restaurantes.

A audiência desta segunda-feira foi a quinta do ciclo de debates sobre turismo promovido pela CDR. O ciclo teve início em 10 de maio, a partir de requerimento de Collor. O próximo debate ocorrerá em 14 de junho, com o tema “O papel dos parques como indutores do turismo de lazer: estratégias para a ampliação de turistas nacionais e internacionais”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Assuntos: Senado Federal
marceloleite

marceloleite

Próxima notícia

Piquet: Fittipaldi é o piloto mais importante da história do Brasil

Recommended

Governo do Amazonas busca ampliar ações de assistência social em Urucurituba por meio da Seas

Governo do Amazonas busca ampliar ações de assistência social em Urucurituba por meio da Seas

4 anos ago
Frederico D’Avila – PSL. Defende investigação sobre Glenn Greenwald no Brasil. 17/06/2019.

Frederico D’Avila – PSL. Defende investigação sobre Glenn Greenwald no Brasil. 17/06/2019.

6 anos ago
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia

Sem resultados
Visualizar todos os resultados
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia