BEATRIZ DAMASCENO
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A campanha Setembro Amarelo tornou-se conhecida pela população nos últimos anos e traz como tema a prevenção ao suicídio. A ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), em parceria com o CFM (Conselho Federal de Medicina), organiza anualmente uma programação especial para este mês desde 2014.
Aqui em São Paulo, a campanha foi inserida no calendário oficial do município de São Paulo por meio da Lei nº 17.765, de 15 de dezembro de 2017. Além do Setembro Amarelo, a lei definiu a Semana Municipal de Valorização da Vida, e estabeleceu o dia 10 de setembro como o Dia Municipal de Valorização da Vida.
Segundo a organização da campanha, todos os anos, são registrados 13 mil suicídios no Brasil e mais de 1 milhão em todo o mundo.
A relação entre transtornos mentais e o suicídio
Dados da ABP apontam que em mais de 98% dos casos, o suicídio está relacionado a transtornos mentais não tratados corretamente ou que não tenham tido acompanhamento ou sido identificados. Além disso, cerca de 96,8% estão relacionados à depressão e ao transtorno bipolar. Um panorama que só reforça a necessidade da saúde mental estar apoiada por políticas públicas.
Prevenção e tratamento
Em uma de suas cartilhas informativas, a campanha Setembro Amarelo explica que há fatores que podem atuar como proteção ao suicídio. Entre os chamados fatores protetivos estão, por exemplo, a ausência de doença mental, ter autoestima elevada, bom suporte familiar, capacidade de adaptação positiva e de resolução de problemas e laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares.
Já abuso sexual na infância, alta recente de internação psiquiátrica, doenças incapacitantes, impulsividade/agressividade, isolamento social e doenças mentais integram os fatores de risco.
De acordo com a publicação, toda pessoa tem alguns fatores protetivos e alguns fatores de risco para o suicídio e para prevenir o problema a ABP recomenda aumentar contato com familiares e amigos, buscar e seguir tratamento adequado para doença mental, reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas, iniciar atividades prazerosas que tenham significado, como trabalho voluntário e/ou hobbies.
Quanto ao tratamento, existe um adequado para cada tipo de doença da mente. Procure sempre um profissional especializado.
Conheça o CVV
Se você está desconfortável com seus pensamentos, falar é sempre a melhor solução. O Centro de Valorização da Vida presta apoio emocional voluntariamente, por e-mail, telefone ou chat. A ligação pode ser feita de qualquer tipo de telefone, seja aparelho celular ou telefone fixo, qualquer hora do dia, basta ligar gratuitamente para o 188. A organização garante total sigilo em todos os meios de contato.