Com a participação de 39 educadores e da presença de alunos de graduação, as Secretarias de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), realizaram, na manhã desta sexta-feira (29/03), a formação da primeira turma de capacitação para professores que já atuam na educação de pessoas privadas de liberdade na capital.
Com o tema “Leitura e Produção do Conhecimento: a potencialidade das narrativas educativas no combate à violência, perspectivas de educação e cidadania”, o evento teve como finalidade a criação de estratégias diferenciadas para o desenvolvimento de metodologias de ensino e aprendizagem que eleve tanto a alta formação do professor, quanto à formação do aluno.
O professor da UEA, Emerson Saraiva, que trabalha com questões do direito à educação e inclusão social, diz que a formação é para beneficiar o professor e o aluno. “As formações são construídas a partir das necessidades dos professores e dos alunos. Trabalhamos também com a ideia de reinserção ao convívio social, pois a educação é um caminho para que eles possam retornar, de forma cidadã, ao contato social”, diz o professor.
Plano pedagógico – Emerson ressalta que os professores irão aplicar um questionário com os reeducandos, para ter a concepção e poder construir o plano pedagógico para as aulas que serão ministradas nas unidades. As aulas atendem os alunos do Ensino Fundamental ao Médio.
Capacitações – O projeto seguirá mensalmente oferecendo capacitações ao corpo docente das escolas penitenciárias, com o intuito de preparar melhor o corpo docente para desenvolver o as atividades nas unidades. Em 2018, houve oito encontros de formação de capacitação, com a carga horaria de 100 horas de trabalho. Neste ano, a previsão é de que os encontros sejam mensais, com quatro horas de duração e carga horária de trabalho de 60 a 100 horas.
Formação acadêmica – Os reeducandos que cumprem com o cronograma escolar participam anualmente do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem-PPL), podendo ainda realizar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que certifica os internos ao Ensino Médio.
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