O secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Marcellus Campêlo, defendeu a união de esforços entre Estado, a indústria e a sociedade organizada, para reduzir a poluição plástica na Amazônia. O tema foi discutido no roadshow “União Europeia-Brasil: Soluções para a Economia Circular”, realizado essa semana, em Brasília, na sede da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
O evento reuniu autoridades nacionais e internacionais, com o objetivo de discutir ações e articulações com esse foco. Marcellus Campêlo participou como convidado, no painel “Ambição para uma Amazônia Circular: Cooperação regional no combate à poluição plástica”.
O debate faz parte dos esforços da iniciativa União Europeia-Brasil, em prol do desenvolvimento da economia sustentável na Amazônia. Para Campêlo, o desafio é complexo e envolve múltiplas ações, desde o fortalecimento da logística reversa nas indústrias, com uma maior participação das cooperativas no processo; do fomento à inovação tecnológica, que pode ter à frente o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA); até o avanço nas metas do Marco Legal do Saneamento Básico, compromisso dos Estados, Municípios e da União.
De acordo com o secretário, o saneamento básico é um dos quatro pilares da atual gestão do governador do Amazonas, Wilson Lima, e a questão dos resíduos sólidos é um dos temas centrais que estão sendo trabalhados na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb).” Vamos avançar no plano para a erradicação dos lixões no interior. Ao mesmo tempo em que estamos urbanizando as áreas ocupadas às margens de igarapés, na capital e no interior, através Prosamin+ (Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior) e do Prosai (Programa de Saneamento Integrado)”, exemplificou.
O Prosamin+, que já está em andamento em Manaus, e o Prosai, executado em Maués e em fase de preparação para Parintins, promovem o reassentamento das famílias que moram em áreas de risco de alagação e urbanizam esses locais com serviços de água e esgoto, drenagem urbana, construção de ruas, de parques e praças, conjuntos habitacionais, entre outras obras.
“São programas que deixam um grande legado para as cidades nessa questão, pois, com a urbanização, os serviços de coleta passam a chegar nessas áreas e o lixo deixa de ser jogado diretamente no igarapé”, observou.