O secretário Nacional de Aviação Civil, do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann, defendeu a urgente revisão do acordo bilateral entre o Brasil e Argentina que limita a quantidade de voos entre os dois países, como forma de incrementar o setor de turismo.
O debate sobre como incrementar o setor de turismo com ações conjuntas entre os dois países foi muito presente durante o Encontro de Líderes do 1º Fórum Internacional de Investimentos em Turismo, em Foz do Iguaçu.
Segundo o secretário, o acordo, de 1948, está ultrapassado e limita a quantidade de voos entre os dois países à 133 frequências semanais mistas e outras sete exclusivamente cargueiras. No entanto, Glanzmann considera que esse limite já está saturado e que há a necessidade de ser revisto com a autorização para a realização de operações não regulares, com base na reciprocidade entre os dois países.
Além de compartilharem um importante destino turístico, como as Catarata do Iguaçu, na região de tríplice fronteira, Argentina e Brasil também dividem a maior fatia do mercado de turismo de lazer da América do Sul. Enquanto os argentinos representam 40% dos turistas estrangeiros que chegam para desfrutar os destinos brasileiros, no lado de lá das fronteiras, os brasileiros representam 30% das visitas internacionais.
Companhias aéreas
O empresário argentino CEO da Invertur, Ramiro Alem, também considera importante a revisão do acordo e destacou a importância do Brasil também manter aberto 100% do capital das companhias aéreas às empresas estrangeiras. Ele citou o próprio exemplo da Argentina, que conseguiu atrair empresas aéreas de baixo custo que permitiram uma redução no valor das passagens aéreas, com o aumento da competitividade. “Em 2018 o tráfego aéreo na Argentina cresceu 9% com a entrada de novas empresas aéreas de baixo custo”, disse.
O empresário disse que com uma maior conectividade entre os destinos dos dois países é possível prever um aumento de turistas e um incremento de negócios entre Brasil e Argentina. “O mais importante da perspectiva do investimento é que temos a oportunidade de duplicar o impacto econômico e o crescimento dos dois países conectando as nossas comunidades de investimento”, explicou.
Para Ramiro Alem, mesmo com o momento de incerteza vivido pela Argentina, os investidores estão confiantes e sabem que o turismo representa um setor econômico que está crescendo muito. “Fizemos uma pesquisa para medir o clima de investimento no sentir de turismo e o resultado apontou que oito de cada dez investidor argentino pretende atuar no setor”, disse.
A integração dos dois mercados em infraestrutura, investimentos e conhecimentos foi a principal preocupação manifestada por participantes do encontro. “Os brasileiros são excelentes no turismo de recepção, em fazer resorts e nós podemos aprender muito com isso, pois há muitas oportunidades para investimentos nessa área. A Argentina tem muita experiência em hotéis boutique urbanos e pode expandir seus negócios passando a investir nos grandes centros urbanos do Brasil, então, agora falta apenas criar mais conexões para poder identificas as oportunidades reais de investimento”, disse Ramiro.
Para ele, a reciprocidade entre os países já está clara, mas é necessário planejar para longo prazo, pensando na necessidade de mais integração para que as oportunidades passem a se consolidar nos dois países.
* A repórter viajou a convite do Ministério do Turismo e Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu
Saiba mais
Edição: Fernando Fraga
O secretário Nacional de Aviação Civil, do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann, defendeu a urgente revisão do acordo bilateral entre o Brasil e Argentina que limita a quantidade de voos entre os dois países, como forma de incrementar o setor de turismo.
O debate sobre como incrementar o setor de turismo com ações conjuntas entre os dois países foi muito presente durante o Encontro de Líderes do 1º Fórum Internacional de Investimentos em Turismo, em Foz do Iguaçu.
Segundo o secretário, o acordo, de 1948, está ultrapassado e limita a quantidade de voos entre os dois países à 133 frequências semanais mistas e outras sete exclusivamente cargueiras. No entanto, Glanzmann considera que esse limite já está saturado e que há a necessidade de ser revisto com a autorização para a realização de operações não regulares, com base na reciprocidade entre os dois países.
Além de compartilharem um importante destino turístico, como as Catarata do Iguaçu, na região de tríplice fronteira, Argentina e Brasil também dividem a maior fatia do mercado de turismo de lazer da América do Sul. Enquanto os argentinos representam 40% dos turistas estrangeiros que chegam para desfrutar os destinos brasileiros, no lado de lá das fronteiras, os brasileiros representam 30% das visitas internacionais.
Companhias aéreas
O empresário argentino CEO da Invertur, Ramiro Alem, também considera importante a revisão do acordo e destacou a importância do Brasil também manter aberto 100% do capital das companhias aéreas às empresas estrangeiras. Ele citou o próprio exemplo da Argentina, que conseguiu atrair empresas aéreas de baixo custo que permitiram uma redução no valor das passagens aéreas, com o aumento da competitividade. “Em 2018 o tráfego aéreo na Argentina cresceu 9% com a entrada de novas empresas aéreas de baixo custo”, disse.
O empresário disse que com uma maior conectividade entre os destinos dos dois países é possível prever um aumento de turistas e um incremento de negócios entre Brasil e Argentina. “O mais importante da perspectiva do investimento é que temos a oportunidade de duplicar o impacto econômico e o crescimento dos dois países conectando as nossas comunidades de investimento”, explicou.
Para Ramiro Alem, mesmo com o momento de incerteza vivido pela Argentina, os investidores estão confiantes e sabem que o turismo representa um setor econômico que está crescendo muito. “Fizemos uma pesquisa para medir o clima de investimento no sentir de turismo e o resultado apontou que oito de cada dez investidor argentino pretende atuar no setor”, disse.
A integração dos dois mercados em infraestrutura, investimentos e conhecimentos foi a principal preocupação manifestada por participantes do encontro. “Os brasileiros são excelentes no turismo de recepção, em fazer resorts e nós podemos aprender muito com isso, pois há muitas oportunidades para investimentos nessa área. A Argentina tem muita experiência em hotéis boutique urbanos e pode expandir seus negócios passando a investir nos grandes centros urbanos do Brasil, então, agora falta apenas criar mais conexões para poder identificas as oportunidades reais de investimento”, disse Ramiro.
Para ele, a reciprocidade entre os países já está clara, mas é necessário planejar para longo prazo, pensando na necessidade de mais integração para que as oportunidades passem a se consolidar nos dois países.
* A repórter viajou a convite do Ministério do Turismo e Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu
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Edição: Fernando Fraga