Parceria tem reduzido a violência em escolas na zona norte de Manaus
Como foco na redução da violência no ambiente escolar, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) vai fortalecer e ampliar programa “Escola Segura e Cidadã”, desenvolvido pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM) em sete escolas estaduais da zona norte de Manaus. Para iniciar o processo, o secretário de educação, Luiz Castro, visitou nesta segunda-feira (01/04), a Escola Estadual Belarmino Marreiro, localizada no bairro Novo Aleixo.
Atualmente, na rede estadual, o projeto alcança 9.099 alunos e é coordenado pelo Comando de Policiamento de Área Norte (CPA-Norte). Agora, o objetivo é avaliar onde há necessidade e espaço para implantação assim como a possibilidade de efetivo policial, segundo Luiz Castro. “A ideia de avançar e fortalecer a parceria vem do fato de termos um retorno das nossas equipes que estão nas escolas. Gestores, professores, pais e alunos estão satisfeitos com os resultados apresentados e querem a continuidade”, ressaltou.
Castro destacou também que a metodologia é apenas um dos modelos para melhorar a qualidade do ensino que sua gestão pretende fortalecer. “Temos bons modelos que englobam disciplina como a escola bilíngue japonesa, que é muito influenciada pelos costumes japoneses, também temos um bom retorno das nossas escolas de tempo integral. Além disso, precisamos envolver família, comunidade e estratégias pedagógicas. A rede estadual é muito ampla e cada escola apresenta uma realidade”, afirmou o secretário.
Segundo o major Alisson Henriques, coordenador de projetos do núcleo da Diretoria de Ensino da PMAM, o impacto do projeto reflete não só em sala de aula. “Tivemos muitos relatos de crianças já cooptadas pelo tráfico e que mudaram a visão de futuro. O ambiente escolar muda porque o respeito aos professores passa a imperar, além da melhoria da qualidade de ensino como consequência disso”, afirmou Almeida.
Na Escola Estadual Belarmino Marreiro, onde o projeto foi implantado há 7 meses, os números de 2019 serão comparados com os de 2018 ao final do ano para avaliação do primeiro ano.
Programa Intersetorial – O secretário de educação também destacou o Programa Intersetorial que está em fase de estudo para implantação como um modelo que irá ajudar a melhorar a qualidade de ensino. O programa será desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) como uma política de estado.
Metodologia – A metodologia adotada no “Escola Segura e Cidadã” é a gestão cívica em que os estudantes são estimulados a obter melhores notas, a ter disciplina, assiduidade, engajamento na escola, ordem, hierarquia, responsabilidade e organização nos estudos. Os melhores alunos recebem lenços de cores diferentes.
Os resultados tem sido de rotinas que melhoram a disciplina, o desenvolvimento emocional e a aprendizagem, além de afastar os estudantes da evasão escolar, de acordo com a gestora da escola, Sara Arruda. “Nós não só conseguimos reduzir a violência na escola, nós temos conseguido notar a melhoria deles em casa e isso é tem sido fundamental”, destaca a professora.
Pais satisfeitos – A psicóloga Vanessa Fernandes é mãe de uma aluna e decidiu participar do projeto como voluntária. Atualmente, ela ajuda na assistência psicológica aos alunos alinhando as ações com a coordenação. “Para nós, a diferença é no dia a dia. É o que mais temos sentido: os alunos mais focados, as aulas saindo do papel e os professores confiantes”, lembrou.
A metodologia já foi implantada nas escolas estaduais Osmar Pedrosa, Ana Lucia de Morais Costa e Silva, Juracy Batista Gomes, Maria do Céu Vaz D’oliveira e Professora Hilda Tribuzzy.