O Governador João Doria participou, nesta terça-feira (9), da abertura da Feicon Batimat 2019 – 25º Salão Internacional da Construção e Arquitetura, realizada na capital paulista. O evento é referência na promoção de negócios para toda a cadeia de construção civil e arquitetura na América Latina.
“Esta é uma feira de negócios. Então, 50 mil pessoas que querem manifestar desejo de negociar fazem uma enorme diferença em um evento com essas características. A expectativa é em torno de R$ 400 milhões em negócios aqui. Os 170 novos expositores são um sinal excelente”, destacou o Governador, durante discurso na solenidade de abertura.
A feira também contou com a participação do secretário de Estado da Habitação, Flavio Amary, e do presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Eduardo Velucci.
Nesta edição, a CDHU expõe a casa que serve de modelo para as futuras contratações da companhia, um projeto que privilegia qualidade, eficiência construtiva, economia para os futuros moradores e responsabilidade com o meio ambiente. A feira será realizada até a próxima sexta-feira (12), das 10h às 20h, no São Paulo Expo, localizado na Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Água Funda.
Qualidade
A Casa Modelo da CDHU foi executada em alvenaria armada com blocos estruturais cerâmicos, de acordo com as diretrizes de qualidade da empresa, com pé-direito de 2,60 m (que permite melhoria na iluminação e ventilação da residência), laje de concreto, piso cerâmico em todos os ambientes, azulejo até o teto nas áreas molhadas, estrutura metálica para o telhado, área de serviço coberta, sistema fotovoltaico e esquadrias de alumínio ou aço galvanizado com pintura eletrostática.
No total, a unidade conta com 47,87m² e atende parâmetros da Caixa Econômica Federal. A obra traz uma série de melhorias para tornar a moradia mais confortável, segura e durável, proporcionando bem-estar a seus mutuários.
Os focos são sustentabilidade e preservação do meio ambiente, aliadas à redução dos custos de consumo e manutenção para os futuros moradores. As unidades habitacionais são projetadas com tecnologias que economizam água e energia elétrica.
Sustentabilidade
Buscando a melhoria contínua e a sustentabilidade, a CDHU está implantando alguns projetos-pilotos em suas edificações mais modernas. Entre eles estão o reaproveitamento da água, para testar um sistema de reuso de água das chuvas na descarga das bacias sanitárias, e o jardim drenante, um novo conceito de soluções naturais, para evitar o transbordamento e reduzir os riscos de alagamento.
A casa conta com acessibilidade completa, que permite a circulação de moradores com deficiência física temporária ou permanente por todo o imóvel. Isso também beneficia pessoas obesas ou com mobilidade reduzida, como idosos, gestantes e crianças.
Os cômodos possuem espaço para girar cadeiras de roda, corredores largos, janelas em altura que permitam visão externa, vãos de 90 cm, portas com 80 cm de largura, banheiros acessíveis e lavanderia coberta.
As mesmas técnicas de construção, com alvenaria armada com blocos estruturais, podem ser usadas em imóveis residenciais de médio ou alto padrão e em edifícios.
Sistema fotovoltaico
Como consequência do sucesso dos projetos-pilotos, os empreendimentos de Pontes Gestal, Elisário e Itatinga, já se encontram com as placas de energia fotovoltaica em funcionamento. Daqui por diante, todas as novas licitações de empreendimentos da CDHU já terão incorporada ao projeto a nova tecnologia.
Cada placa é responsável por gerar 35 KWh de energia por mês, em média, o que representa um desconto de até R$ 46 na conta de luz dos mutuários. A energia é utilizada no consumo geral do residencial e o excedente pode ser transferido para a rede de fornecimento da distribuidora.
Quando não houver produção de energia, seja à noite ou em dias com forte nebulosidade, as residências serão abastecidas pela eletricidade da rede.
Jardins drenantes
O projeto-piloto será implantado em um novo conjunto da CDHU em Campos do Jordão. O conceito de jardim drenante também é conhecido como jardins de chuva, que são depressões topográficas preparadas com elementos filtrantes (plantas, vegetação e solo com microorganismos), capazes de receber água das chuvas provenientes de áreas impermeabilizadas.
Esses elementos têm como propriedade infiltrar, estimular a transpiração e evitar o transbordamento, reduzindo os riscos de alagamentos. Entre os benefícios do jardim está a sustentabilidade.
O projeto é esteticamente positivo à paisagem, aumenta as áreas naturais, detém um volume maior de águas da chuva e, ao mesmo tempo, promove o tratamento dos poluentes e a infiltração de parte da água no solo. Dessa forma, contribui de maneira natural para a preservação do meio ambiente e a melhoria na qualidade de vida das pessoas.