No período, também é comum o aumento da circulação de vírus respiratórios que podem causar tosse e febre por tempo variável
O tempo seco e a diminuição na frequência das chuvas faz com que a umidade relativa do ar fique baixa. As consequência para a saúde vai desde ardência e irritação nos olhos e garganta, tosse seca ou “cheia” e boca seca, podendo ser evoluir para casos mais graves em pessoas que já tenham alguma doença crônica, como asma, causando crises de tosse e o agravamento da doença.
Durante este período também é comum o aumento da circulação de vírus respiratórios que podem causar coriza, tosse e febre por tempo variável, tendo, em alguns casos, complicações como crises de chiado, pneumonias e, em situações extremas, insuficiência respiratória com necessidade de internação hospitalar.
De acordo com o coordenador do Ambulatório de Alergia em Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, João Mello, o ideal é que diariamente sejam tomados cuidados simples para não agravar problemas pulmonares e nasais.
“É importante que o ambiente esteja umidificado para que não haja o ressecamento das vias aéreas, e que o paciente ingira bastante líquido, a fim de ajudar o muco a funcionar corretamente. A segunda dica é evitar locais fechados porque isso facilita a contaminação de vírus, como gripes. E, aos pacientes que gostam de atividades físicas, indicamos que elas sejam realizadas antes das 9h e após às 17h”, afirma.
Alergias
As alergias mais comuns são as rinites e as sinusites, inflamações das vias respiratórias provocada pelas variações climáticas bruscas e o contato com o pó e poluentes. “As pessoas que sofrem tanto pela bronquite como pela rinite devem estar atentas ao retirar roupas guardadas há muito tempo no armário, pois elas podem reter pó e odores nocivos para as alergias”, orienta o especialista Ralcyon Teixeira.
Também é válido lavar sempre as mãos, tossir e espirrar em lenços descartáveis e higienizar as mãos na sequência. Crianças, idosos e pessoas que já possuem histórico de doenças respiratórias crônicas são os grupos mais vulneráveis neste período e precisam redobrar os cuidados.
“Para aliviar os sintomas é necessário beber bastante líquido, lavar o nariz e os olhos com soro fisiológico, evitar exercícios físicos ao ar livre, principalmente entre 10h e 17h nos dias com baixa umidade do ar e evitar lugares fechados e de grande aglomeração”, recomenda o pneumologista Fábio Muchão.
Cuidados com a pele
A pele também precisa de cuidados nesta época do ano. Para a dermatologista do Instituto Central da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Tatiana Villas Boas Gabbi, a pele seca é resultado de poluentes que ficam dissolvidos no ar e sentidos, principalmente, pelas pessoas que já têm tendência à desidratação.
“Para amenizar este efeito de ressecamento, além da importância de beber água, é necessário utilizar um hidratante corporal todos os dias. Além disso, evitar banhos quentes e esfoliações, pois retiram a gordura natural da pele”, conclui a especialista.
Confira alguns cuidados importantes indicados pela Secretaria da Saúde:
- Ingerir bastante líquido (a não ser em caso de alguma restrição);
- Não faça exercícios físicos ao ar livre entre as 10h e 17h quando a umidade do ar estiver baixa;
- Deixe um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir;
- Não use o umidificador elétrico por muitas horas seguidas. O ambiente pode ficar muito úmido e causar mofo e bolor;
- Lave as narinas com soro fisiológico e/ou faça inalações com o mesmo produto;
- Mantenha os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira;
- Evite frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas ou procure ventilar ao máximo os ambientes fechados.