Muita gente parou hoje (13) para assistir ao jogo da seleção feminina brasileira contra a Austrália, na Copa do Mundo da França, no Sesc Pompeia, na capital paulista.
Em frente ao telão que foi montado no Sesc para que as pessoas pudessem acompanhar o jogo, os torcedores gritaram, colocaram as mãos na cabeça ou para cima, reclamaram da arbitragem, comemoraram os dois gols do Brasil e lamentaram a derrota, de virada, por 3 a 2.
Para esses torcedores, a Austrália era uma seleção melhor e mais bem posicionada que a do Brasil. Houve também quem reclamou dos lances mais polêmicos do jogo, como o terceiro gol da Austrália e um lance que consideraram que foi pênalti a favor do Brasil, não marcado. Mas a esperança é que a classificação venha com uma vitória sobre a Itália, no próximo jogo.
O aposentado Ivan da Silva, 55 anos, disse que está tentando acompanhar, na medida do possível, aos jogos da seleção. “O que aconteceu, na minha opinião, é que o Brasil está jogando só no contra-ataque. O time delas, por exemplo, tem um coletivo melhor, um time bem mais forte, mais bem estruturado. Mas ficar só no contra-ataque fica muito pouco. Tem que tocar mais a bola, trabalhar mais a bola”, disse.
Para Ivan, os lances foram normais. “No terceiro gol, se não me engano, a cabeçada foi contra. E não se pode marcar impedimento em gol contra”, falou. “O Brasil perdeu esse jogo, mas tem três pontos. Pode conseguir o resultado com a Itália. A Itália não é melhor que a Austrália. O Brasil pode classificar em segundo, mas vai ficar complicado depois”, disse ele.
A jovem estudante Bianca Reis Bonalume, 17 anos, veio com amigas para assistir ao jogo no Sesc Pompeia. “É a primeira vez que vemos um lugar grande assim mostrando o jogo para todo mundo. É muito legal porque crianças, meninas, já não tem muito incentivo para jogar futebol. Tanto que eu, quando menor, não tive isso. Sempre vi irmãos, primos, jogando e não tive esse incentivo. E hoje em dia é bom ver essa força feminina e de que a gente pode mesmo”, disse ela. Sobre o jogo, Bianca achou que ele foi emocionante e turbulento. “Estávamos bem esperançosas no começo. Parecia que ia ganhar, mas aí aconteceu tanta penalidade. Na minha visão, aconteceram coisas injustas. Mas foi um jogo emocionante de ver. Triste no final. Mas o Brasil jogou bem. Teve falhas, mas a Austrália teve muita sorte”, falou.
Outra que veio acompanhar o jogo foi Priscila de Paula, 34 anos, desenhista e que já jogou futebol. Para ela, o esquema tático da seleção é o grande vilão do jogo. “Não temos esquema técnico. E a gente sabe que a Austrália é superior. Já estava esperando um resultado adverso, mas o individual pesou muito para o resultado do primeiro tempo. As meninas brilharam nas suas figuras, mas o esquema é defasado. No segundo tempo pesou a perna, o preparo, o psicológico. Vários fatores. A gente não conseguiu segurar a onda no segundo tempo. Mas fizemos o melhor possível”, disse.
Para Priscila, a marcação do terceiro gol da Austrália e a não marcação de um pênalti para o Brasil no segundo tempo, pesaram no resultado do jogo. “Infelizmente tivemos a falha da Mônica, mas ela jogou muito bem no primeiro tempo. Mas foi um gesto infeliz da capitã e isso deu uma baqueada. E não marcou o pênalti. Claro que não é isso que definiria a partida – a gente precisava jogar mais bola e não temos ainda essa bola. Mas vamos acreditar que a gente consiga segurar as italianas no próximo. O Brasil vai ter que se superar porque as italianas têm uma marcação muito forte”, acrescentou.
Já André Gustavo Viegas Carneiro, 46 anos, que veio com o filho pequeno e duas amigas assistir ao jogo no Sesc, reclamou muito da arbitragem. “O problema do Brasil foi o juiz ladrão. O Brasil foi muito prejudicado”, falou ele. “As meninas estavam incríveis”, acrescentou. Para ele, o Brasil vai se classificar. “Passa sim. Agora é a Itália”.
Saiba mais
Edição: Liliane Farias
Muita gente parou hoje (13) para assistir ao jogo da seleção feminina brasileira contra a Austrália, na Copa do Mundo da França, no Sesc Pompeia, na capital paulista.
Em frente ao telão que foi montado no Sesc para que as pessoas pudessem acompanhar o jogo, os torcedores gritaram, colocaram as mãos na cabeça ou para cima, reclamaram da arbitragem, comemoraram os dois gols do Brasil e lamentaram a derrota, de virada, por 3 a 2.
Para esses torcedores, a Austrália era uma seleção melhor e mais bem posicionada que a do Brasil. Houve também quem reclamou dos lances mais polêmicos do jogo, como o terceiro gol da Austrália e um lance que consideraram que foi pênalti a favor do Brasil, não marcado. Mas a esperança é que a classificação venha com uma vitória sobre a Itália, no próximo jogo.
O aposentado Ivan da Silva, 55 anos, disse que está tentando acompanhar, na medida do possível, aos jogos da seleção. “O que aconteceu, na minha opinião, é que o Brasil está jogando só no contra-ataque. O time delas, por exemplo, tem um coletivo melhor, um time bem mais forte, mais bem estruturado. Mas ficar só no contra-ataque fica muito pouco. Tem que tocar mais a bola, trabalhar mais a bola”, disse.
Para Ivan, os lances foram normais. “No terceiro gol, se não me engano, a cabeçada foi contra. E não se pode marcar impedimento em gol contra”, falou. “O Brasil perdeu esse jogo, mas tem três pontos. Pode conseguir o resultado com a Itália. A Itália não é melhor que a Austrália. O Brasil pode classificar em segundo, mas vai ficar complicado depois”, disse ele.
A jovem estudante Bianca Reis Bonalume, 17 anos, veio com amigas para assistir ao jogo no Sesc Pompeia. “É a primeira vez que vemos um lugar grande assim mostrando o jogo para todo mundo. É muito legal porque crianças, meninas, já não tem muito incentivo para jogar futebol. Tanto que eu, quando menor, não tive isso. Sempre vi irmãos, primos, jogando e não tive esse incentivo. E hoje em dia é bom ver essa força feminina e de que a gente pode mesmo”, disse ela. Sobre o jogo, Bianca achou que ele foi emocionante e turbulento. “Estávamos bem esperançosas no começo. Parecia que ia ganhar, mas aí aconteceu tanta penalidade. Na minha visão, aconteceram coisas injustas. Mas foi um jogo emocionante de ver. Triste no final. Mas o Brasil jogou bem. Teve falhas, mas a Austrália teve muita sorte”, falou.
Outra que veio acompanhar o jogo foi Priscila de Paula, 34 anos, desenhista e que já jogou futebol. Para ela, o esquema tático da seleção é o grande vilão do jogo. “Não temos esquema técnico. E a gente sabe que a Austrália é superior. Já estava esperando um resultado adverso, mas o individual pesou muito para o resultado do primeiro tempo. As meninas brilharam nas suas figuras, mas o esquema é defasado. No segundo tempo pesou a perna, o preparo, o psicológico. Vários fatores. A gente não conseguiu segurar a onda no segundo tempo. Mas fizemos o melhor possível”, disse.
Para Priscila, a marcação do terceiro gol da Austrália e a não marcação de um pênalti para o Brasil no segundo tempo, pesaram no resultado do jogo. “Infelizmente tivemos a falha da Mônica, mas ela jogou muito bem no primeiro tempo. Mas foi um gesto infeliz da capitã e isso deu uma baqueada. E não marcou o pênalti. Claro que não é isso que definiria a partida – a gente precisava jogar mais bola e não temos ainda essa bola. Mas vamos acreditar que a gente consiga segurar as italianas no próximo. O Brasil vai ter que se superar porque as italianas têm uma marcação muito forte”, acrescentou.
Já André Gustavo Viegas Carneiro, 46 anos, que veio com o filho pequeno e duas amigas assistir ao jogo no Sesc, reclamou muito da arbitragem. “O problema do Brasil foi o juiz ladrão. O Brasil foi muito prejudicado”, falou ele. “As meninas estavam incríveis”, acrescentou. Para ele, o Brasil vai se classificar. “Passa sim. Agora é a Itália”.
Saiba mais
Edição: Liliane Farias