As enfermeiras Graça Maria Gondim Albuquerque, 52 anos, e Maria José Moreira Pinheiro, 69 anos dedicam a vida ao trabalho que realizam na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon). No próximo domingo (12/05) é o Dia Internacional da Enfermagem e dos Enfermeiros e, nesse contexto, as profissionais falam da experiência que é trabalhar na unidade de referência em tratamento de câncer na região Norte.
A Fundação conta com mais de 53 servidores enfermeiros, além dos profissionais das empresas terceirizadas que atuam dia e noite no atendimento ao paciente oncológico. “Amar o que fazem” é unanimidade na opinião das duas enfermeiras e demais colegas de trabalho. Confira as histórias delas:
Graça Maria Gondim Albuquerque trabalha na FCecon há 20 anos e, atualmente, está há três anos à frente da gerência de Enfermagem do Centro Cirúrgico, que sempre foi sua paixão. Em 1989, graduou-se pela Escola de Enfermagem.
O que se aprende no Centro Cirúrgico é nunca perder a fé e a esperança de se obter a cura do câncer. Esse ensinamento Graça Gondim disse que leva para a vida. Ela contou que costuma ver crianças, jovens e adultos com câncer em estágio avançado, mas que se apegam na fé, mesmo não tendo cura. “Queixamo-nos de problemas simples. Aqui, aprendemos que a vida e a saúde são mais importantes”, pontua.
Ela confessou que seu desejo sempre foi trabalhar em um Centro Cirúrgico, após a graduação. Mas o primeiro trabalho foi no Centro de Atenção Integral a Criança (Caic), Alexandre Montoril, onde atuou por quatro anos no atendimento infantil, antes de ser convidada pelo médico Jesus Pinheiro para trabalhar na FCecon, auxiliando a enfermeira Shirley Monteiro Fragoso.
“O Centro Cirúrgico sempre foi minha paixão e, de repente, vi-me em um. Foi uma mudança radical, que exigiu muito esforço e dedicação. O início foi difícil porque era uma outra realidade, e lidar com o paciente oncológico exige uma atenção diferenciada. Não é somente ele (paciente) que é acometido pela doença, mas a família também sente. Na época, a gerente de Enfermagem era a enfermeira Shirley Monteiro Fragoso, que ficou à frente do serviço por 20 anos”, lembrou.
Segundo Graça, o Centro Cirúrgico é um local estressante, mas, ao mesmo tempo, gratificante. Ela explicou que todos os profissionais de saúde ficam confinados e precisam se desligar de tudo e todos, sendo absorvidos pelo trabalho. “O mesmo ocorre com o paciente que quebra o vínculo com a família e se apoia, emocionalmente, nos profissionais”, frisou.
Todavia, conforme Graça, é um trabalho gratificante, principalmente quando há o retorno do paciente no pós-operatório, quando sai da sala de cirurgia, segura a mão do enfermeiro e agradece. Ela contou que é gratificante ver o paciente sair com uma chance de cura, um possível tratamento, com o alívio da dor e com a esperança de ter a saúde restabelecida.
Ela disse que acompanhou as transformações pelas quais a Fundação passou, com a inauguração do prédio novo com nove andares, que proporcionou um salto estrutural, de equipamentos e de pessoal. “Passamos de um local com cinco salas cirúrgicas para outro com oito salas, passamos a atender mais pessoas e ter uma equipe maior de enfermeiros, técnicos de enfermagem, cirurgiões e anestesistas. Atualmente, são mais de 40 pessoas por dia, com uma equipe diferente todos os dias”, pontuou.
Atualmente, a FCecon conta com oito salas nas quais, no último quadrimestre de 2019, foram realizadas 953 cirurgias, com óbito zero. Conforme Graça Gondim, a direção tem trabalhado para ampliar o número de atendimento, uma vez que algumas especialidades têm uma demanda maior.
Maria José Moreira Pinheiro já está na Fundação há 34 anos. Ela contou que trabalhou nas Enfermarias do prédio antigo por 15 anos, tendo chegado ao posto de gerente de Enfermagem. Também atuou por quatro anos no Centro Cirúrgico. Atualmente, trabalha no Registro Hospitalar de Câncer (RHC).
Para Maria José, a motivação para trabalhar na Fundação é o amor. “Sou disposicionada pela Prefeitura. Quando me perguntaram para onde desejava ir, não pensei duas vezes: FCecon. Tudo que construí foi por aqui, onde estou há mais de 30 anos – desde 1985”, lembrou.
Trabalhar nas enfermarias do antigo prédio da Fundação, conforme Maria José, permitia uma visão mais ampla dos pacientes oncológicos internados. “Há 30 anos, o número de profissionais de saúde e a tecnologia eram bem diferentes do atual, porque não havia gente suficiente. Mas dávamos o máximo para atender as demandas. Logo após, entraram novos profissionais através dos concursos, que ajudou bastante”, disse.
Formação – Na época, de acordo com Maria José, os enfermeiros que atuavam na Fundação tinham apenas graduação em Enfermagem, mas o trabalho com o paciente oncológico exigia formação especializada. Ela disse que percebeu que o conhecimento que tinha não era suficiente, por isso a unidade hospitalar foi um “divisor de águas”.
“A área de enfermagem oncológica exige conhecimentos sobre tratamentos complexos, atendimento diferenciado ao paciente e a família, quimioterápicos, etc. Foi necessário participamos treinamentos no Instituto Nacional de Câncer (Inca) para entendermos esses processos. E, em 2000, todas as enfermeiras do hospital também fizeram curso de especialização, que foi oferecido pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Inca”, revelou.
Segundo Maria José, a Enfermagem é primordial no atendimento hospitalar, assim como o enfermeiro. Ela explicou que os enfermeiros atendem o paciente conforme o perfil e os serviços que precisam percorrer dentro da Fundação. “O enfermeiro cria vínculos com o paciente, com a família, o qual precisa ser visto como um ser humano completo: social, espiritual, psicológico”, finalizou.
As enfermeiras Graça Maria Gondim Albuquerque, 52 anos, e Maria José Moreira Pinheiro, 69 anos dedicam a vida ao trabalho que realizam na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon). No próximo domingo (12/05) é o Dia Internacional da Enfermagem e dos Enfermeiros e, nesse contexto, as profissionais falam da experiência que é trabalhar na unidade de referência em tratamento de câncer na região Norte.
A Fundação conta com mais de 53 servidores enfermeiros, além dos profissionais das empresas terceirizadas que atuam dia e noite no atendimento ao paciente oncológico. “Amar o que fazem” é unanimidade na opinião das duas enfermeiras e demais colegas de trabalho. Confira as histórias delas:
Graça Maria Gondim Albuquerque trabalha na FCecon há 20 anos e, atualmente, está há três anos à frente da gerência de Enfermagem do Centro Cirúrgico, que sempre foi sua paixão. Em 1989, graduou-se pela Escola de Enfermagem.
O que se aprende no Centro Cirúrgico é nunca perder a fé e a esperança de se obter a cura do câncer. Esse ensinamento Graça Gondim disse que leva para a vida. Ela contou que costuma ver crianças, jovens e adultos com câncer em estágio avançado, mas que se apegam na fé, mesmo não tendo cura. “Queixamo-nos de problemas simples. Aqui, aprendemos que a vida e a saúde são mais importantes”, pontua.
Ela confessou que seu desejo sempre foi trabalhar em um Centro Cirúrgico, após a graduação. Mas o primeiro trabalho foi no Centro de Atenção Integral a Criança (Caic), Alexandre Montoril, onde atuou por quatro anos no atendimento infantil, antes de ser convidada pelo médico Jesus Pinheiro para trabalhar na FCecon, auxiliando a enfermeira Shirley Monteiro Fragoso.
“O Centro Cirúrgico sempre foi minha paixão e, de repente, vi-me em um. Foi uma mudança radical, que exigiu muito esforço e dedicação. O início foi difícil porque era uma outra realidade, e lidar com o paciente oncológico exige uma atenção diferenciada. Não é somente ele (paciente) que é acometido pela doença, mas a família também sente. Na época, a gerente de Enfermagem era a enfermeira Shirley Monteiro Fragoso, que ficou à frente do serviço por 20 anos”, lembrou.
Segundo Graça, o Centro Cirúrgico é um local estressante, mas, ao mesmo tempo, gratificante. Ela explicou que todos os profissionais de saúde ficam confinados e precisam se desligar de tudo e todos, sendo absorvidos pelo trabalho. “O mesmo ocorre com o paciente que quebra o vínculo com a família e se apoia, emocionalmente, nos profissionais”, frisou.
Todavia, conforme Graça, é um trabalho gratificante, principalmente quando há o retorno do paciente no pós-operatório, quando sai da sala de cirurgia, segura a mão do enfermeiro e agradece. Ela contou que é gratificante ver o paciente sair com uma chance de cura, um possível tratamento, com o alívio da dor e com a esperança de ter a saúde restabelecida.
Ela disse que acompanhou as transformações pelas quais a Fundação passou, com a inauguração do prédio novo com nove andares, que proporcionou um salto estrutural, de equipamentos e de pessoal. “Passamos de um local com cinco salas cirúrgicas para outro com oito salas, passamos a atender mais pessoas e ter uma equipe maior de enfermeiros, técnicos de enfermagem, cirurgiões e anestesistas. Atualmente, são mais de 40 pessoas por dia, com uma equipe diferente todos os dias”, pontuou.
Atualmente, a FCecon conta com oito salas nas quais, no último quadrimestre de 2019, foram realizadas 953 cirurgias, com óbito zero. Conforme Graça Gondim, a direção tem trabalhado para ampliar o número de atendimento, uma vez que algumas especialidades têm uma demanda maior.
Maria José Moreira Pinheiro já está na Fundação há 34 anos. Ela contou que trabalhou nas Enfermarias do prédio antigo por 15 anos, tendo chegado ao posto de gerente de Enfermagem. Também atuou por quatro anos no Centro Cirúrgico. Atualmente, trabalha no Registro Hospitalar de Câncer (RHC).
Para Maria José, a motivação para trabalhar na Fundação é o amor. “Sou disposicionada pela Prefeitura. Quando me perguntaram para onde desejava ir, não pensei duas vezes: FCecon. Tudo que construí foi por aqui, onde estou há mais de 30 anos – desde 1985”, lembrou.
Trabalhar nas enfermarias do antigo prédio da Fundação, conforme Maria José, permitia uma visão mais ampla dos pacientes oncológicos internados. “Há 30 anos, o número de profissionais de saúde e a tecnologia eram bem diferentes do atual, porque não havia gente suficiente. Mas dávamos o máximo para atender as demandas. Logo após, entraram novos profissionais através dos concursos, que ajudou bastante”, disse.
Formação – Na época, de acordo com Maria José, os enfermeiros que atuavam na Fundação tinham apenas graduação em Enfermagem, mas o trabalho com o paciente oncológico exigia formação especializada. Ela disse que percebeu que o conhecimento que tinha não era suficiente, por isso a unidade hospitalar foi um “divisor de águas”.
“A área de enfermagem oncológica exige conhecimentos sobre tratamentos complexos, atendimento diferenciado ao paciente e a família, quimioterápicos, etc. Foi necessário participamos treinamentos no Instituto Nacional de Câncer (Inca) para entendermos esses processos. E, em 2000, todas as enfermeiras do hospital também fizeram curso de especialização, que foi oferecido pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Inca”, revelou.
Segundo Maria José, a Enfermagem é primordial no atendimento hospitalar, assim como o enfermeiro. Ela explicou que os enfermeiros atendem o paciente conforme o perfil e os serviços que precisam percorrer dentro da Fundação. “O enfermeiro cria vínculos com o paciente, com a família, o qual precisa ser visto como um ser humano completo: social, espiritual, psicológico”, finalizou.