Apenas um dia foi o suficiente para mobilizar a comunidade universitária (discentes, docentes e técnicos-administrativos) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para doação de sangue que aconteceu na última quinta-feira, 21, no Centro de Convivência, Setor Norte do Campus Universitário. A iniciativa partiu do Centro Acadêmico de Letras – Língua Inglesa da Faculdade de Letras (Flet) em ação conjunta com a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam).
Tendo à frente a discente do terceiro período do Curso de Letras – Língua Inglesa e presidente do Centro Acadêmico, Fabíola Kalvon Pedroso, fala que no primeiro momento sempre teve vontade de doar sangue e, quando o Centro Acadêmico decidia realizar alguma atividade relacionada à recepção dos calouros/2019, se pensava em várias possibilidades de eventos. “Então tive a ideia de solicitar o projeto do Hemoam e fazer acontecer na Ufam”, conta a acadêmica que disse que foi uma decisão de unir o útil ao agradável.
De acordo com Kalvon, a ajuda dos professores foi importante na tramitação do processo de solicitação que a surpreendeu com prazo bem curto no atendimento para sua aprovação. “A curiosidade das pessoas nas redes sociais foi muito grande. Questionavam sobre o curto período de realização da ação e da possibilidade de acontecer outros eventos similares na Ufam”, comenta a discente.
“A nossa expectativa era chegar a 150 doadores, no entanto, estamos conseguindo ultrapassar essa marca, alcançando 180. Mas, até o final da tarde esse número é capaz de aumentar porque as pessoas souberam ainda hoje da visita do Vampirão do Hemoam. Enviamos emails para outros Centros Acadêmicos divulgando o evento com o intuito de conseguir maior participação dos alunos da Universidade”, completa Kalvon.
De acordo com a assistência social do Hemoan, Margarete Rodrigues Silva, a Fundação que há mais de 30 anos vem desenvolvendo essa atividade fortaleceu parcerias dentre elas estão às universidades. Ela destaca a Ufam e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) como as principais parceiras. Segundo Silva, a realização dessa ação ocorre de três a cinco visitas na Ufam o que possibilita a criação de uma cultura de doação de sangue.
“Os alunos, via de regra, são os maiores doadores de sangue, o que consolida ainda mais a nossa parceria com a Ufam”, comenta a assistente social que esclarece que quando o aluno não tiver tempo para fazer a adoção, pode procurar o atendimento na sede do Hemoan no período das 7h até às 18h, de segunda a sábado, o qual pode se inserir em duas modalidades: reposição ou voluntária.
“Quando a comunidade acadêmica está presente. Nossa! A gente tem um bom estoque”, ressalta a assistência social do Hemoam.
Opiniões
O aluno do terceiro período do curso de Comunicação Social – Jornalismo, Andrey Talisson Nascimento Soares, 19, disse que há dois anos faz doação e acredita que o Trote Solidário deveria ser realizado por todos os cursos da Ufam para que não se restringa somente ao curso de Letras. “Acho boa a iniciativa, mas deveria se estender nos dois semestres letivos porque existem pessoas que necessitam de sangue e, nesse sentido, estamos salvando vidas”, disse o discente de Comunicação Social.
Para Davi Barreto dos Santos, 19, calouro do curso de Economia, acredita que a iniciativa do trote solidário é muito melhor do que aqueles realizados por cursos que envolvem humilhação do aluno como pedir dinheiro nos sinais de trânsito ou sair todo pintado nas ruas do Campus. “Eu não tenho vergonha de doar meu sangue no Trote Solidário. Acho muito melhor”, disse Santos.
“É uma ação totalmente voluntária, bonita”, conta a caloura Ágata dos Santos Conceição, 19, também aluna do curso de Economia que acredita que existem pessoas nos hospitais que precisam continuar seus tratamentos, a partir da doação de sangue. “Penso nas pessoas que vem do interior do estado do Amazonas e de outras regiões para se tratar. Quando a gente faz essa ação, estamos estimulando outras pessoas a fazer doação”, finaliza Ágata Conceição.