sexta-feira, junho 20, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados

UnB abre mostra sobre pré-história no DF e em Santa Catarina

por marceloleite
17 de junho de 2019
no Sem categoria
0
0
Compartilhamentos
7
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

Com 61 sítios arqueológicos já identificados, o Distrito Federal (DF) tem ainda muito a aprender com a própria história e, em especial, com sua pré-história. Com esse espírito, foi inaugurada hoje (17) a exposição Arqueologia e Habitantes da Pré-História, no Museu de Geociências da Universidade de Brasília (UnB).

Mostra sobre a diversidade cultural na pré-história, no Brasil aborda elementos do patrimônio arqueológico do Distrito Federal.

Crânio encontrado em Florianópolis, de possível ascendência asiática – José Cruz/Agência Brasil

Organizada em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a exposição tem dois módulos temáticos. O primeiro, com elementos do patrimônio arqueológico do Distrito Federal, mostra que a região é ocupada há milênios. Entre os itens expostos há artefatos e instrumentos de pedra fabricados há mais de 8,4 mil anos, como machados, picaretas, raspadores, facas, serrotes, amoladores, pesos de rede e pontas de flechas.

“É a primeira vez que estão sendo expostos fragmentos de cerâmicas de vasilhames encontrados no DF, que teve tanto grupos de caçadores-coletores, há cerca de 11 mil anos, como agricultores ceramistas, há cerca de 2 mil anos”, disse à Agência Brasil a arqueóloga do Iphan-DF Margareth Souza.

Segundo Margareth, a exposição marca a passagem da salvaguarda do acervo para o Museu de Geociências da UnB. O acervo servirá também para pesquisas acadêmicas. “A partir do estudo dessas peças, é possível obter informações sobre o processo de povoamento, as rotas de migração, adaptação, tecnologias utilizadas, alimentação, domesticação de plantas para agricultura e plantações”, explicou a arqueóloga.

De acordo com Margareth, o formato das vasilhas, por exemplo, pode indicar quais alimentos eram consumidos e o processo de preparação de alimentos como milho e mandioca. Para a arqueóloga, há muito o que aprender sobre os povos que viviam há séculos ou milênios no DF. “Ainda não sabemos de forma precisa quais grupos viviam aqui no DF, entre negróides e asiáticos”, disse ela. “Precisamos comparar o passado com o presente para prevermos nosso futuro”, acrescentou.

Margareth alertou que a urbanização da cidade precisa levar em consideração a importância dessas descobertas para o conhecimento do ser humano sobre a própria história. Ela informou que uma das metas do Iphan é criar o Museu de Arqueologia no Setor de Habitações do São Bartolomeu. “Esse museu precisa sair do papel porque há muito o que encontrar por ali”, justificou a arqueóloga.

Santa Catarina

O segundo módulo temático da exposição apresenta 173 peças arqueológicas coletadas em Santa Catarina pelo padre e arqueólogo João Alfredo Rohr em sítios localizado nos municípios de Florianópolis, Balneário de Camboriú, Jaguaruna, Laguna, Itapiranga e Urubici. Entre as peças há artefatos que eram usados há cerca de 12 mil anos por grupos de caçadores-coletores e de agricultores vinculados a etnias Tupi-Guarani e Itararé-Taquara e do povo Jê (Xokleng e Kaiangang).

No início dos anos 80, o padre doou o material que havia coletado para o Museu da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília, com o objetivo de ajudar policiais a reconhecerem peças desse tipo, caso sejam obtidas em meio a operações policiais. Desde 2016, as peças faziam parte da Reserva Técnica do Museu da Academia Nacional da Polícia Federal.

No acervo cedido pelo padre, há o crânio de um indivíduo de mandíbula robusta que, pelas características dentárias tinha uma dieta alimentar com atrito. A partir da reconstrução facial feita no crânio foi possível concluir que o indivíduo tinha ascendência asiática.

A exposição no Museu de Geociências da UnB apresenta também o meteorito de Sanclerlândia, um dos maiores já encontrados no Brasil, com 279 quilogramas – recolhido em 1971 no estado de Goiás.

Edição: Nádia Franco

Compartilhar:

PUBLICIDADE

Com 61 sítios arqueológicos já identificados, o Distrito Federal (DF) tem ainda muito a aprender com a própria história e, em especial, com sua pré-história. Com esse espírito, foi inaugurada hoje (17) a exposição Arqueologia e Habitantes da Pré-História, no Museu de Geociências da Universidade de Brasília (UnB).

Mostra sobre a diversidade cultural na pré-história, no Brasil aborda elementos do patrimônio arqueológico do Distrito Federal.

Crânio encontrado em Florianópolis, de possível ascendência asiática – José Cruz/Agência Brasil

Organizada em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a exposição tem dois módulos temáticos. O primeiro, com elementos do patrimônio arqueológico do Distrito Federal, mostra que a região é ocupada há milênios. Entre os itens expostos há artefatos e instrumentos de pedra fabricados há mais de 8,4 mil anos, como machados, picaretas, raspadores, facas, serrotes, amoladores, pesos de rede e pontas de flechas.

“É a primeira vez que estão sendo expostos fragmentos de cerâmicas de vasilhames encontrados no DF, que teve tanto grupos de caçadores-coletores, há cerca de 11 mil anos, como agricultores ceramistas, há cerca de 2 mil anos”, disse à Agência Brasil a arqueóloga do Iphan-DF Margareth Souza.

Segundo Margareth, a exposição marca a passagem da salvaguarda do acervo para o Museu de Geociências da UnB. O acervo servirá também para pesquisas acadêmicas. “A partir do estudo dessas peças, é possível obter informações sobre o processo de povoamento, as rotas de migração, adaptação, tecnologias utilizadas, alimentação, domesticação de plantas para agricultura e plantações”, explicou a arqueóloga.

De acordo com Margareth, o formato das vasilhas, por exemplo, pode indicar quais alimentos eram consumidos e o processo de preparação de alimentos como milho e mandioca. Para a arqueóloga, há muito o que aprender sobre os povos que viviam há séculos ou milênios no DF. “Ainda não sabemos de forma precisa quais grupos viviam aqui no DF, entre negróides e asiáticos”, disse ela. “Precisamos comparar o passado com o presente para prevermos nosso futuro”, acrescentou.

Margareth alertou que a urbanização da cidade precisa levar em consideração a importância dessas descobertas para o conhecimento do ser humano sobre a própria história. Ela informou que uma das metas do Iphan é criar o Museu de Arqueologia no Setor de Habitações do São Bartolomeu. “Esse museu precisa sair do papel porque há muito o que encontrar por ali”, justificou a arqueóloga.

Santa Catarina

O segundo módulo temático da exposição apresenta 173 peças arqueológicas coletadas em Santa Catarina pelo padre e arqueólogo João Alfredo Rohr em sítios localizado nos municípios de Florianópolis, Balneário de Camboriú, Jaguaruna, Laguna, Itapiranga e Urubici. Entre as peças há artefatos que eram usados há cerca de 12 mil anos por grupos de caçadores-coletores e de agricultores vinculados a etnias Tupi-Guarani e Itararé-Taquara e do povo Jê (Xokleng e Kaiangang).

No início dos anos 80, o padre doou o material que havia coletado para o Museu da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília, com o objetivo de ajudar policiais a reconhecerem peças desse tipo, caso sejam obtidas em meio a operações policiais. Desde 2016, as peças faziam parte da Reserva Técnica do Museu da Academia Nacional da Polícia Federal.

No acervo cedido pelo padre, há o crânio de um indivíduo de mandíbula robusta que, pelas características dentárias tinha uma dieta alimentar com atrito. A partir da reconstrução facial feita no crânio foi possível concluir que o indivíduo tinha ascendência asiática.

A exposição no Museu de Geociências da UnB apresenta também o meteorito de Sanclerlândia, um dos maiores já encontrados no Brasil, com 279 quilogramas – recolhido em 1971 no estado de Goiás.

Edição: Nádia Franco

Compartilhar:

marceloleite

marceloleite

Próxima notícia
Previdência: proposta entra na fase de debates na comissão especial

Previdência: proposta entra na fase de debates na comissão especial

Recommended

Prefeitura de Manaus constrói viveiro de plantas medicinais no Parque do Mindu

Prefeitura de Manaus constrói viveiro de plantas medicinais no Parque do Mindu

4 anos ago
Discursos – Plenário do Senado – TV Senado ao vivo – 19/03/2019

Discursos – Plenário do Senado – TV Senado ao vivo – 19/03/2019

6 anos ago

Popular News

    Connect with us

    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia

    Sem resultados
    Visualizar todos os resultados
    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia