Um grupo de 16 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Prefeitura de Manaus recebeu nesta terça-feira, 18/6, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na avenida Mário Ypiranga Monteiro, Adrianópolis, a certificação do Ministério da Saúde pela implementação da “Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB)”. A certificação é uma das etapas do processo de implantação do programa nas UBSs e representa um estímulo ao cumprimento dos critérios estabelecidos para essa qualificação, como o incentivo ao aleitamento materno e a alimentação complementar saudável.
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, destacou a importância da certificação. “Esse tipo de trabalho na gestão do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, da ‘Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil’, de dar uma melhor atenção à criança na primeira infância, reflete no seu aprendizado, dando efeito positivo em longo prazo”, afirmou.
Dentre as condições da EAAB estão o desenvolvimento de ações sistemáticas, individuais ou coletivas, para a promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável; o monitoramento dos índices de aleitamento materno e de alimentação complementar; o cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e a Lei nº 11.265/2006 – e não distribuir “substitutos” do leite materno nas UBS; a participação de pelo menos 85% da equipe de Atenção Básica nas oficinas desenvolvidas e o cumprimento de pelo menos uma ação de incentivo ao aleitamento materno e uma de alimentação complementar saudável pactuada no plano de ação.
A consultora técnica da coordenação da EAAB do Ministério da Saúde, Renara Araújo, enfatizou a importância da implantação do programa nas Unidades Básicas de Saúde. “Trabalhar as ações de aleitamento materno e a alimentação complementar saudável e reconhecer isso nas unidades é muito importante para a saúde da criança, para o seu desenvolvimento e, também, para a saúde da mãe,” destacou ela, complementando que “crianças que são amamentadas adoecem menos”.
Em 2008, 49 UBSs foram inseridas na Rede Amamenta Brasil, dessas 18 receberam a certificação. Em 2009, foram implantadas 19 UBS na Estratégia Nacional de Promoção para a Alimentação Complementar Saudável (Enpacs). De 2013 a 2019 foram implantadas 59 Unidades de Saúde, dessas, 42 Estratégias Saúde da Família (ESF) e 17 UBS tradicionais na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB). Em 2017, foram certificadas oito Unidades de Saúde na EAAB.
Estratégia
A “Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS – Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil” foi lançada em 2012 e tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa iniciativa é o resultado da integração de duas ações importantes do Ministério da Saúde: a Rede Amamenta Brasil e a Enpacs, que se uniram para formar essa estratégia, que tem como compromisso a formação de recursos humanos na atenção básica.
Como uma das etapas de implementação da estratégia, está prevista a certificação das equipes de Atenção Básica. A certificação não é o processo final da Estratégia, mas é nesse momento que a UBS/Equipe terá o seu trabalho valorizado e reconhecido, favorecendo o aumento da prevalência da amamentação e das boas práticas de alimentação complementar, e, além disso, motivando outras equipes a iniciarem ou continuarem o trabalho de promoção da alimentação saudável para crianças menores de dois anos.
Aleitamento e mortalidade
Estudos realizados dentro e fora do Brasil comprovaram que a amamentação está diretamente ligada à redução de óbitos de bebês. O aleitamento também influencia no melhor desenvolvimento emocional, cognitivo e intelectual da criança, ajuda a reduzir a probabilidade do desenvolvimento de doenças como diabetes, infecções respiratórias, do trato urinário e por parasitas, além de reduzir número de casos de desnutrição, diarreia e até de cáries, entre tantos outros benefícios.
Para as mães, também há diversas vantagens. O ato de amamentar reduz riscos de hemorragia e de anemia no pós-parto, diminui a possibilidade de câncer de útero e ovário após a menopausa, bem como de doenças cardíacas e diabetes. Isso, sem deixar de destacar o aumento da autoconfiança, da autoestima e da melhor adaptação ao bebê.
Tais benefícios são explicados pela composição do leite materno. Ele possui cerca de 250 componentes que agem com ações anti-inflamatórias, bactericidas e protetoras. Rico em proteínas, gorduras, carboidratos e outros nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê, ele também contém anticorpos, que atuam como um verdadeiro escudo contra diversos tipos de doenças e infecções.
Texto – Sandra Monteiro e Ana Paula Grangeiro / Semsa
Fotos – José Nildo / Semsa
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