12/04/19 13h13
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) inaugura hoje uma usina fotovoltaica para produzir energia limpa suficiente para abastecer o equivalente a 386 residências. Na primeira fase do projeto, os painéis fotovoltaicos foram instalados no telhado do ginásio de esporte e Centro de Convenções da universidade e chegarão aos prédios da Faculdade de Engenharia Civil, Centro de Estudo do Petróleo, Escola de Educação Corporativa e Núcleo de Planejamento Energético.
O programa de eficiência energética na Unicamp, uma parceria com a CPFL assinada em janeiro do ano passado, prevê investimento de R$ 8,1 milhões para viabilizar o Campus Sustentável. Do total, R$ 3,4 milhões são destinados às ações de eficiência energética e R$ 4,7 milhões em pesquisa e desenvolvimento. O convênio prevê iniciativas em pesquisa e desenvolvimento, eficiência energética e redução do consumo de energia elétrica no campus nos próximos anos.
A previsão feita na assinatura do convênio, no ano passado, era de que, com esse projeto, a economia será entre 3% a 6% no consumo total de energia elétrica na universidade. A estimativa é que, inicialmente, a economia pode chegar a R$1 milhão por ano, podendo ultrapassar esse número a partir do segundo ano, quando haverá dados de diagnóstico de consumo que servirão como base para outras ações. Atualmente, a Unicamp gasta em torno de R$ 25 milhões por ano com energia elétrica.
O investimento, segundo a Unicamp, visa testar algumas tecnologias e gerar conhecimento e tecnologia que possam ser aplicados em vários outros consumidores do setor.
A principal é a instalação de sistemas individualizados de medição para ter o controle de quais os dispositivos e circuitos que consomem mais energia na universidade.
O programa é composto por sete subprojetos que poderão ser replicados futuramente em outras universidades. Um deles é criação de um minicentro que supervisionará os transformadores no campus, fazendo medições que permitirão a implantação de um sistema de gerenciamento de energia.
O convênio prevê uma ferramenta para gestão de energia na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), que aplicará Internet das Coisas para monitorar em tempo real a utilização de energia em salas e prédios. Também será desenvolvido um cronograma de cursos de eficiência energética e geração distribuída na graduação e pós-graduação.
Para a geração de energia fotovoltaica, o projeto global prevê a instalação de 20 plantas de geração, distribuídas por todo o campus. Os painéis fotovoltaicos terão a capacidade de 571kw quando o sol estiver no pico de altura. O projeto prevê também troca de aparelhos de ar-condicionado da Faculdade de Engenharia Mecânica por equipamentos mais eficientes, com o selo Procel.