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Por Agência Amazonas
FOTOS: Rodrigo Santos/SES-AMA Unidade de Terapia Intensiva (UTI) materna do Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL) foi reativada após oito anos sem funcionar. Aberta em tempo recorde, em meio à pandemia, para atender pacientes Covid-19, a UTI com 10 leitos foi inaugurada oficialmente nesta segunda-feira (08/03), no Dia Internacional da Mulher.
Presente na solenidade, a secretária executiva adjunta de Atenção à Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Mônica Melo, ressaltou que a ampliação da rede materno-infantil está inserida no Programa Saúde Amazonas, por meio do projeto “Renasce Amazonas – Maternidades”, que foi antecipada para atender às demandas da Covid-19 e, por isso, ficará como legado na rede estadual de saúde.
“O Instituto da Mulher Dona Lindu é uma maternidade de alto risco. Recebe mulheres hipertensas, por exemplo, que podem precisar antes ou após o parto de um leito de cuidados intensivos. Essa é a importância da inauguração e da oferta desses 10 leitos de UTI, para mulheres que são atendidas tanto para ginecologia quanto para obstetrícia. Hoje conseguimos oferecer uma maior qualidade na assistência e também a garantia de cuidados intensivos para estas mulheres”, declarou.
A diretora do IMDL, Maria Dalzira Pimentel, afirmou que a oferta de leitos de UTI era um sonho acalentado há quase uma década, por todos os funcionários do instituto, e acrescentou que os novos leitos permitem segurança e retaguarda para cuidar das pacientes mais graves e que necessitam de tratamento intensivo.
“A inauguração e a disponibilização desses leitos vai nos dar segurança e maior rapidez no atendimento das necessidades das pacientes, que aqui tem procedimentos que se agravam. Hoje, pelo fato de ser o dia da mulher, escolhemos a data para inaugurar. Para nós esse legado é muito importante, fundamental na saúde da mulher amazonense”, declarou.
Estrutura –
Segundo a diretora, três dos 10 leitos da UTI estão ocupados com pacientes em tratamento, das quais duas em recuperação da Covid-19. Dalzira afirmou que nove leitos da UTI foram utilizados, antes da solenidade de inauguração, em janeiro deste ano, no pico da pandemia, em razão da alta demanda de atendimento de pacientes graves.
O instituto ganhou o reforço de equipe de intensivistas, formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeuta, para a UTI. A SES-AM entregou também equipamentos novos e mais modernos para unidade referência para parto de alto risco no estado.
Entre os equipamentos adquiridos estão raio-X digital, ultrassonografia com doppler, aparelho de eletroencefalograma e mesa cirúrgica para pacientes obesas de até 200 quilos, além da troca das camas, que até então eram manuais, para camas modernas com dispositivo automático para movimentação.
Autossuficiência –
Dalzira acrescentou que os novos leitos e o reforço nas equipes e na ampliação dos serviços asseguram autonomia e independência ao IMDL no atendimento ginecológico e de obstetrícia.
“Antes, tínhamos de encaminhar nossas pacientes da obstetrícia para Ana Braga ou para Balbina Mestrinho, quando essas tinham leitos disponíveis. Quanto à ginecologia, que também sempre precisamos de leitos para aqueles procedimentos de maior complexidade, dependíamos do 28 de Agosto, que tem a sua grande demanda e que nem sempre tinha o leito de imediato disponível”, explicou a diretora da unidade.
A gerente de enfermagem do IMDL, Gracimar Fecury, avalia a reativação da UTI como importante conquista e vitória para as mulheres do Amazonas ao viabilizar o aprimoramento no atendimento das pacientes.
Ampliação –
Em meio à pandemia, a rede de maternidades do Amazonas ampliou. São 67 novos leitos, dos quais 33 de UTI abertos em tempo recorde, entre o segundo semestre de 2020 e início de 2021. Equipamentos novos e modernos, reforma e ampliação de espaços e aumento de recursos humanos completam a revitalização da rede materno infantil do estado, composta por sete maternidades em Manaus.