O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Alberto dos Santos Cruz, disse que o vídeo com defesa do golpe militar de 1964 divulgado numa rede social do Palácio do Planalto foi publicado por engano por um funcionário da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República. Segundo ele, foi um equívoco, sem nenhum viés político ou ideológico.
O ministro esteve nesta quinta-feira (13) na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), a pedido da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) para dar explicações sobre o episódio.
— Quando ocorre um erro desse num nível governamental, sempre tem essa consequência natural. Não tem nada de má fé, de ideologia ou objetivo político envolvido na questão — garantiu.
Ainda segundo Santos Cruz, o funcionário que pôs o material no ar tem mais de 20 anos de serviço público e já passou por outros governos. Ele foi advertido, mas não formalmente punido.
— Eu conversei com ele e foi esclarecido o cuidado para que esse tipo de erro não seja cometido novamente. Ele foi orientado, uma pessoa de bons princípios. A decisão de punir, formalmente ou não, é minha. Passei minha vida inteira sempre comandando gente, então tenho senso de justiça de saber até onde ir com as medidas disciplinares. Achei que não era o caso de medida disciplinar, mas de correção de rumo de serviço — afirmou.
No vídeo, que se tornou público em março, um homem nega que um golpe de Estado tenha instaurado a ditadura militar no Brasil a partir de 1964.
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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)