Data instituída com o objetivo de promover informação, o Dia
Internacional de Luta Contra o Câncer Infantil marca a importância
da conscientização sobre o diagnóstico e o prognóstico da doença
que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), deve registrar
cerca de 7.930 novos casos em crianças e jovens de 0 a 19 anos a
cada ano, no triênio 2023/2025.
E, nesta data, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente
da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), reforça a vigência
de leis de sua autoria que tratam sobre o tema.
“Precisamos falar sobre o câncer infantojuvenil, sobre formas de
prevenção, diagnóstico e tratamento. Temos leis que buscam atuar
nesses aspectos e é importante que a sociedade conheça, que tenha
e busque sempre informações relevantes para lidar com essa doença.
O diagnóstico precoce é fundamental no processo de tratamento, por
isso, antes de mais nada, é preciso que pais e responsáveis se
mantenham vigilantes, atentos a qualquer sintoma”, falou o
parlamentar.
Dentre as leis de autoria de Cidade está a Lei nº 5.788/2022, que
criou o Serviço de Atendimento Móvel para o diagnóstico precoce da
doença em crianças e adolescentes. Conforme a lei, o Serviço de
Atendimento Móvel deve ser formado por equipe multidisciplinar
qualificada e treinada para o diagnóstico do câncer infantojuvenil.
“Essa equipe deve ser responsável pela avaliação inicial do paciente,
pela coleta de sangue e os encaminhamentos necessários para mais
exames e acompanhamentos. Certamente, esse serviço é um avanço
nesse tipo de atenção”, disse.
Também é de autoria do deputado presidente, o Projeto de Lei nº
52/2023, que cria o Programa Estadual de Apoio à Oncologia Infantil.
A propositura, em tramitação na Aleam, determina que, após
solicitação médica, os exames e cirurgias sejam realizados em um
prazo de até cinco dias, e que o Governo do Estado implemente,
junto à Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do
Amazonas (FCecon), uma unidade de saúde especializada no
tratamento e prevenção do câncer infantil.
O PL prevê ainda a realização de campanhas de prevenção e combate
ao câncer infantil com a disseminação da informação; realização de
pesquisa; rastreamento de casos; diagnóstico precoce; tratamento
oncológico pediátrico; bem como cuidados paliativos e reabilitação
referentes às neoplasias e afecções correlatas.
“Nosso intuito é agilizar o tratamento oncológico pediátrico, garantir
que recebam apoio integral e, ainda, que haja avanço nas pesquisas
com foco na prevenção e tratamento do câncer infantil. Precisamos
dispor de todos os meios que permitam melhores condições para que
a criança com câncer consiga superar os momentos difíceis da doença
em busca da cura”, defendeu.
Mais frequentes
Conforme dados do Inca, a cada ano, a estimativa é de que 8,4 mil
novos casos de câncer infantil sejam confirmados. Esse valor
corresponde a um risco estimado de 137,87 casos novos por milhão
no sexo masculino e de 139,04 por milhão para o sexo feminino.
As neoplasias mais frequentes na infância são as leucemias (glóbulos
brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema
linfático); o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso
periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de
Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor
germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas),
osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).