Com a intenção de combater a depressão infantil, por meio da
informação e do trabalho conjunto entre famílias e escolas, a
deputada estadual Débora Menezes apresentou o Projeto de Lei (PL)
nº 53/2024, que institui medidas de conscientização e combate à
depressão infantil e na adolescência, com a promoção de ações
educativas.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a
depressão infantil aumentou de 4,5% para 8% em uma década,
agravada pelos efeitos da pandemia da Covid-19 e do isolamento
social.
Para a parlamentar, a depressão, sendo um transtorno mental que
pode ocorrer em qualquer faixa etária, desde a infância até a fase
adulta, vem preocupando devido aos casos cada vez mais
recorrentes. Segundo a OMS, um em cada sete jovens entre 10 e 19
anos enfrenta algum tipo de transtorno mental.
Débora Menezes enfatiza que a depressão é um tema de grande
relevância quando se trata de saúde mental. “Percebo que ainda é
pouco discutido, mas afeta crianças e adolescentes da mesma forma
que atinge jovens e adultos”, disse.
A parlamentar destaca que o diagnóstico pode ser mais completo
quando se trata de crianças e adolescentes, pois apresentam
dificuldade na expressão das próprias emoções, e alguns dos
comportamentos indicativos da depressão podem ser interpretados
pela família como parte do processo natural de amadurecimento.
Como parte das medidas de conscientização e combate à depressão
infantil e na adolescência previstas no PL, está a divulgação dos
sintomas mais comuns, tais como: sono instável, irritabilidade
repentina, alteração nos hábitos alimentares, cansaço constante,
apatia, hipoatividade, hiperatividade, choro excessivo, medo
frequente, pânico, queda no rendimento escolar, entre outros.
“A infância e a adolescência são fases críticas para a saúde mental,
por envolverem grandes mudanças e transformações, e por isso os
pais devem sempre estar atentos aos sinais que podem indicar que a
saúde mental dos filhos não vai bem. Por isso, estou apresentando o
projeto para reforçar nossa atenção e propor medidas para o cuidado
das vítimas dessa terrível doença”, defendeu Débora Menezes.