Defensora dos direitos da criança e adolescentes, a deputada Débora
Menezes (PL) acompanhou, no sábado (9/3), a prisão de três homens
que foram denunciados por estuprar uma menina de 9 anos, no
município de Careiro da Várzea, interior do Amazonas. Os suspeitos,
que são pai, avô e tio da vítima, foram detidos na sexta-feira (8).
Débora fez questão de acompanhar e dar apoio à ação policial, na
logística, para que o caso fosse solucionado e os responsáveis fossem
encontrados. “Não medirei esforços para ajudar as forças de
segurança a proteger as crianças, pois é um dever de todos nós,
parlamentares. Continuarei firme nessa luta, propondo políticas
públicas para dar estrutura necessária para que, casos como esse,
sejam solucionados”, pontuou.
O delegado da 35ª Delegacia do Careiro da Várzea, David Jordão,
explicou que as investigações sobre o caso iniciaram após várias
denúncias serem realizadas por testemunhas no Conselho Tutelar da
cidade.
Ele comentou ainda que a vítima era explorada, não apenas
sexualmente, mas também era obrigada a fazer trabalhos
domésticos. “Não só o crime de estupro, mas foi obrigada também a
realizar outras atividades. Houve trabalho infantil. Ela tinha a
obrigação, por exemplo, de ser responsável por cuidar da roupa de
todos os envolvidos no crime”, revelou, completando que os abusos
sexuais contra a menina ocorriam diariamente, quando a vítima
também era castigada com pedaços de ripa.
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes apreenderam
uma arma com os envolvidos no crime. Um quarto suspeito, tio da
vítima, conseguiu fugir ao ver a chegada da lancha da polícia. Ele
também é suspeito de estuprar a menina.
Conforme o delegado Paulo Mavignier, que também acompanhou a
ação, ainda não há um levantamento preciso, mas a suspeita é que
os abusos iniciaram há cerca de um ano. Segundo ele, a casa onde a
menina morava com o irmão, também criança, e os envolvidos no
crime, está localizada em uma comunidade isolada no Careiro, e
todos ficavam no mesmo espaço.
O delegado explicou que a mãe da menina não foi encontrada e há
indícios de que outra criança também foi vítima de abusos sexuais.
Os presos vão responder pelo crime de estupro de vulnerável e
maus-tratos.