O corpo do jornalista Paulo Henrique Amorim foi velado entre a manhã e a tarde de hoje (11) na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio de Janeiro. Familiares, amigos e admiradores prestaram homenagens ao jornalista que trabalhava desde 2003 na TV Record e morreu ontem (10), aos 77 anos, vítima de um infarto.
O sepultamento está marcado para as 17h, no Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro.
Irmã de Paulo Henrique Amorim, a professora universitária Marília Amorim lembra que o irmão mais velho tinha uma forma de cuidado que sempre se preocupava em contribuir com sua formação profissional e intelectual.
“Ele sempre me protegeu num sentido muito diferente. Era uma proteção que não me dava refresco. Era uma proteção para me colocar indo à luta”, lembra Marília, que afirma que, por sua coragem, Paulo Henrique é uma “perda imensa” para o jornalismo brasileiro. “Era uma pessoa muito dedicada ao jornalismo”.
O presidente recém eleito da ABI, Paulo Jerônimo, contou que ofereceu a sede da associação à família pela importância que o jornalista teve ao longo de sua trajetória. “Foi um brilhante jornalista, respeitado por toda a classe. Estamos orgulhosos de prestar essa homenagem”, disse Paulo Jerônimo, que também chegou a conviver com Paulo Henrique Amorim. “Ele era um cara muito engraçado, com tiradas impressionantes”.
O cineasta Luiz Carlos Barreto contou que ainda no início de sua vida profissional, como repórter da Revista Cruzeiro, fez uma amizade com Paulo Henrique Amorim que durou até sua morte. Barretão, como também é conhecido, elogiou a firmeza do amigo em suas convicções e na defesa da democracia.
“Às vezes, nessa sua fé no jornalismo livre e independente, cometia alguns excessos, mas isso faz parte da paixão. E ele era um apaixonado pela democracia verdadeira”, disse o cineasta. “Era, sobretudo, um espírito livre, e como tal, sempre muito polêmico”.
Versatilidade
Com uma atuação que foi do jornalismo impresso ao televisivo, chegando também à internet, o profissional também foi homenageado por sua versatilidade. Paulo Henrique Amorim atuou como correspondente internacional em Nova York nas revistas Realidade e Veja. Na televisão, passou pela extinta Manchete, pela Globo, Bandeirantes, TV Cultura e Record, onde apresentou o programa Domingo Espetacular por 14 anos.
A atuação de Paulo Henrique Amorim no site Conversa Afiada reuniu milhares de seguidores, que acompanhavam suas postagens também nas redes sociais. Entre esses internautas estava a contadora e professora Fátima Leão, de 64 anos, que foi ao velório homenagear o jornalista mesmo sem tê-lo conhecido pessoalmente.
“Acompanhava ele no Twitter e no canal dele e a gente estava sempre interagindo nas lives. Era uma pessoa incrível que estava na luta contra esse estado de coisas desde os anos 60”, elogia ela, que de tanto interagir com o perfil dele no Twitter, passou a ser seguida pelo jornalista. “Ele me deu a honra de me seguir. Todos os dias eu entrava lá e via o que ele estava falando logo cedo”.
Saiba mais
Edição: Aline Leal
O corpo do jornalista Paulo Henrique Amorim foi velado entre a manhã e a tarde de hoje (11) na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio de Janeiro. Familiares, amigos e admiradores prestaram homenagens ao jornalista que trabalhava desde 2003 na TV Record e morreu ontem (10), aos 77 anos, vítima de um infarto.
O sepultamento está marcado para as 17h, no Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro.
Irmã de Paulo Henrique Amorim, a professora universitária Marília Amorim lembra que o irmão mais velho tinha uma forma de cuidado que sempre se preocupava em contribuir com sua formação profissional e intelectual.
“Ele sempre me protegeu num sentido muito diferente. Era uma proteção que não me dava refresco. Era uma proteção para me colocar indo à luta”, lembra Marília, que afirma que, por sua coragem, Paulo Henrique é uma “perda imensa” para o jornalismo brasileiro. “Era uma pessoa muito dedicada ao jornalismo”.
O presidente recém eleito da ABI, Paulo Jerônimo, contou que ofereceu a sede da associação à família pela importância que o jornalista teve ao longo de sua trajetória. “Foi um brilhante jornalista, respeitado por toda a classe. Estamos orgulhosos de prestar essa homenagem”, disse Paulo Jerônimo, que também chegou a conviver com Paulo Henrique Amorim. “Ele era um cara muito engraçado, com tiradas impressionantes”.
O cineasta Luiz Carlos Barreto contou que ainda no início de sua vida profissional, como repórter da Revista Cruzeiro, fez uma amizade com Paulo Henrique Amorim que durou até sua morte. Barretão, como também é conhecido, elogiou a firmeza do amigo em suas convicções e na defesa da democracia.
“Às vezes, nessa sua fé no jornalismo livre e independente, cometia alguns excessos, mas isso faz parte da paixão. E ele era um apaixonado pela democracia verdadeira”, disse o cineasta. “Era, sobretudo, um espírito livre, e como tal, sempre muito polêmico”.
Versatilidade
Com uma atuação que foi do jornalismo impresso ao televisivo, chegando também à internet, o profissional também foi homenageado por sua versatilidade. Paulo Henrique Amorim atuou como correspondente internacional em Nova York nas revistas Realidade e Veja. Na televisão, passou pela extinta Manchete, pela Globo, Bandeirantes, TV Cultura e Record, onde apresentou o programa Domingo Espetacular por 14 anos.
A atuação de Paulo Henrique Amorim no site Conversa Afiada reuniu milhares de seguidores, que acompanhavam suas postagens também nas redes sociais. Entre esses internautas estava a contadora e professora Fátima Leão, de 64 anos, que foi ao velório homenagear o jornalista mesmo sem tê-lo conhecido pessoalmente.
“Acompanhava ele no Twitter e no canal dele e a gente estava sempre interagindo nas lives. Era uma pessoa incrível que estava na luta contra esse estado de coisas desde os anos 60”, elogia ela, que de tanto interagir com o perfil dele no Twitter, passou a ser seguida pelo jornalista. “Ele me deu a honra de me seguir. Todos os dias eu entrava lá e via o que ele estava falando logo cedo”.
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Edição: Aline Leal