O presidente Jair Bolsonaro participou de uma videoconferência com o ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, que está na Antártica em visita oficial ao Programa Antártico Brasileiro, para dar marcar o início do funcionamento da nova estrutura de serviços de telecomunicações na Estação Antártica Comandante Ferraz.
Bolsonaro afirmou que a presença de Onyx na região é motivo de “orgulho” para os brasileiros. “Esse povo nosso é bem acolhido em qualquer lugar do mundo. E nesse momento que vocês estão aí na Antártica é motivo de alegria, satisfação e orgulho para todos os brasileiros”, disse.
O presidente ainda afirmou que pretende visitar o local. “Pretendo ir aí. Nada como ir in loco para saber como o pessoal vive para que possamos até valorizá-los”.
A nova estrutura é resultado de um acordo entre a Marinha e a empresa de telefonia Oi, com participação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O acordo prevê “serviços de internet fixa de alta velocidade, que permitem transmitir dados, fazer videoconferências e ligações; rede móvel com conexão 4G; acesso wi-fi distribuído por toda a base naval; e sistema de recepção de sinal de TV”. Segundo a Anatel, os serviços vão ajudar nas pesquisas desenvolvidas na estação, como de clima e agricultura, e diminuir a sensação de isolamento aos pesquisadores e militares que trabalham na região mais gelada do mundo.
O ministro Marcos Pontes, do MCTIC, participou da videoconferência de Houston, nos Estados Unidos. Em Brasília, estavam o ministro da Defesa, Fernando Azevedo; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez; o almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, Comandante da Marinha; além de outros representantes da Marinha e dos ministérios da Ciência e Tecnologia e Defesa. Da Antártica, além de Lorenzoni, participaram da conversa o almirante de esquadra Cláudio Portugal de Viveiros, o chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, representantes da Anate e da Oi.
“Velha política”
Bolsonaro reafirmou que seu governo quer se distanciar da chamada “velha política”. “Vocês sabem que as pressões são enormes porque a velha política sempre parece que quer nos puxar para fazer o que faziam antes. Nós não pretendemos fazer isso. Sabemos que aquele caminho está errado. […] O nosso caminho aqui é diferente do anterior”.
Ele afirmou que pretende manter o caráter “técnico” dos ministérios. “Já há uma consciência dos parlamentares de que nós queremos manter esse ministério técnico, dando liberdade aos ministros para escolher suas equipes; de que nós devemos sair dessa inanição, desse processo que tínhamos até pouco tempo. O Brasil tem tudo para dar certo”.