Atualmente, 38 crianças e adolescentes estão aptos para a adoção em Manaus.
Para celebrar e fomentar ações do Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio, a Coordenadoria da Infância e Juventude (COIJ), do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), já está intensificando as atividades voltadas para a divulgação do tema. Nos próximos trinta dias, entrevistas, palestras, mesas redondas, visitas a abrigos entre outras ações serão ainda mais frequentes tendo como objetivo despertar na comunidade o interesse por este gesto de amor.
Segundo a juíza titular da COIJ, Rebeca de Mendonça Lima, atualmente 38 crianças e adolescentes estão aptos para adoção em Manaus. Esse total inclui seis grupos de irmãos, que reúnem 22 crianças e adolescentes.
“Um dos casos mais representativos relativos a irmãos aptos para adoção é o de uma adolescente de dezessete anos que pertence a um grupo de seis irmãos. A irmã mais nova tem seis anos de idade e todos encontram-se em um abrigo. É importante ressaltar que a adoção é um ato irrevogável e por isso é preciso haver muita certeza do que se quer. Para tanto, a equipe do Juizado faz uma avaliação de inúmeras condições dos interessados, como a situação psicológica do casal,” afirma a magistrada.
Já em relação ao número de habilitados no cadastro nacional de adoção, o total é de 157 pessoas. São pares héteros ou homoafetivos, solteiros, viúvos, pessoas que recebem tratamento igual e que dependendo da preferência por idade, sexo ou cor da pele, têm o desejo atendido em maior ou menor tempo. Hoje, a preferência dos casais de uma forma geral, é por crianças de zero a quatro anos de idade.
“Uma habilitação leva, em média, seis meses e depois de aprovada a pessoa descreve as preferências em relação à acriança. Existe hoje, inclusive, a possibilidade de adoção nacional e internacional. Estamos com um caso atual de um casal do Rio Grande do Sul que está em processo de fortalecimento de vínculo com uma criança aqui de Manaus, por chamada de vídeo. No caso da pessoa se interessar por criança com situação de saúde delicada, ela tem preferência no cadastro de adoção. Já em relação a casais homoafetivos, quatro casais conseguiram realizar o sonho de formar uma família em 2018”, destacou a juíza Rebeca.
No âmbito do Tribunal de Justiça do Amazonas, dois projetos têm dado apoio ao processo de adoção. Um deles é o “Acolhendo Vidas”, que é voltado para mães que não têm interesse de criar o bebê. A intenção é que cada caso seja acompanhado para tentar reverter a situação, mas se não for possível, que a mulher entregue em adoção de uma forma segura.
O outro projeto, o “Encontrar Alguém”, busca incentivar a adoção tardia, caso das crianças e adolescentes de mais idade e também aqueles com situações especiais de saúde. A iniciativa, que prevê a divulgação – de forma responsável, padronizada e acompanhada pelo Sistema de Justiça –, de informações sobre as crianças que têm o perfil do projeto, tem o apoio do Conselho Nacional de Justiça e de entidades como o Colégio de Coordenadores da Infância e Juventude do Tribunais de Justiça do Brasil (Coinj) e do Grupo Nacional de Direitos Humanos.
Nesta última segunda-feira (22), a juíza Rebeca Mendonça Lima participou de entrevista no Portal G1 Amazonas, ocasião em que falou sobre o tema da adoção e durante as próximas semas outras ações de divulgação serão realizadas.
Texto e foto: Fábio Melo
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