DANIEL MONTEIRO
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Tem início nesta sexta-feira (30/7) a vacinação contra a Covid-19 na capital paulista de munícipes com 28 anos. O público estimado com esta idade é de 145.496 pessoas.
Também poderão receber a primeira dose do imunizante todos os munícipes pertencentes aos grupos elegíveis anteriores, bem como as pessoas que estão aptas à segunda dose.
A vacinação poderá ser feita das 8h às 17h nos drive-thrus, farmácias e megapostos, e das 7h às 19h nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UBSs/AMAs Integradas. A lista completa de postos pode ser encontrada no site Vacina Sampa.
Os munícipes podem acompanhar em tempo real qual o melhor momento para se deslocarem até os postos de vacinação da capital por meio do site “De Olho na Fila”. Na plataforma, é possível monitorar a quantidade de pessoas em cada posto de vacinação e, assim, escolher o melhor horário para se imunizar.
Para garantir as doses à população do município de São Paulo, há a obrigatoriedade de o cidadão apresentar no ato da vacinação um comprovante de residência na capital, juntamente com os documentos pessoais, preferencialmente Cadastro CPF e cartão do SUS.
O comprovante de endereço no município de São Paulo pode ser apresentado de forma física ou digital. Se não houver no próprio nome do munícipe, serão aceitos comprovantes em nome do cônjuge, companheiro, pais e filhos, desde que apresentado também um documento que comprove o parentesco ou estado civil, como RG, certidão de nascimento, certidão de casamento ou escritura de união estável.
Também vale lembrar que o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento.
Todas as vacinas disponíveis foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Elas são eficazes e seguras contra a Covid-19 e não há necessidade nem possibilidade de escolher um imunizante específico.
Mais sobre o novo coronavírus 1
Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, na última quarta-feira (28/7) a capital paulista contabilizava 35.140 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.347.262 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quinta (29/7), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 48,2%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quarta (28/7), foi de 39%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Ações e Atitudes 1
Publicada na última terça-feira (27/7), a nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz reafirma, por mais uma semana, a tendência de queda no número de óbitos e nos indicadores de ocupação de leitos de UTI para adultos com Covid-19 no SUS. Por outro lado, foi registrado aumento no número de casos. A positividade dos testes, ainda que em tendência de queda, também permanece alta.
Conforme destacam os pesquisadores do Observatório Covid-9, a diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes. Eles salientam, porém, que os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado.
A análise da disponibilidade de leitos sustenta que apenas Goiás e o Distrito Federal permanecem na zona de alerta. Porém, no segundo caso, os dados refletem a recente retirada de leitos para os casos de Covid-19 frente à redução da demanda. No total, dezesseis estados estão fora da zona de alerta e nove se encontram na zona de alerta intermediária, com a maioria das taxas entre 60% e 65%. Foi registrada ainda uma pequena redução da taxa de letalidade — ou seja, a proporção dos casos que resultaram em óbitos. Agora, o indicador está em torno de 2,5%.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o país vacinou mais de 59,6% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina e cerca de 23% com o esquema completo de imunização. As pesquisas realizadas até o momento indicam que as pessoas completamente vacinadas (com duas doses, no caso da maioria das vacinas aplicadas no Brasil) estão protegidas contra a variante Delta.
No entanto, os cientistas do Observatório Covid-19 destacam que a proteção oferecida por uma única dose, com exceção da vacina da Janssen, é muito reduzida em comparação ao regime de imunização completo. Eles ainda alertam que os não vacinados (40,4% da população) encontram-se ainda vulneráveis e com risco alto de infecção e de desenvolver a doença em formas graves, o que pode demandar atendimento hospitalar e resultar em óbitos.
Ações e Atitudes 2
Mais dois lotes de vacinas contra Covid-19 da AstraZeneca/Oxford chegarão ao Brasil nesta semana via Mecanismo Covax, sendo 1.533.600 na quinta-feira (29/7) e 441.600 na sexta-feira (30/7). O país continuará a receber novas doses desse consórcio ao longo das próximas semanas.
Desde março, o país já recebeu 7.989.600 imunizantes por meio do Covax. Com essas novas vacinas, serão 9.964.800 – sendo 9.122.400 da AstraZeneca/Oxford e 842.400 da Pfizer/BioNTech. No caso dessas duas categorias de imunizantes, as pessoas devem tomar duas doses para completar a vacinação.
O Covax é coliderado pela Cepi (Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias); pela Gavi (Aliança Mundial para Vacinas e Imunização); e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) – que trabalham em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), como parceiro chave na execução, bem como com organizações da sociedade civil, fabricantes de vacinas, Banco Mundial e outros.