A terceira fase da expansão do programa Gestão em Foco – MMR (Método de Melhoria de Resultados) está em aplicação na rede estadual de São Paulo. Agora o programa será implementado em 1.715 unidades de 39 diretorias de ensino do Interior de São Paulo, totalizando 100% da rede pública do Estado.
As unidades também contarão com um aporte de R$ 50 milhões da Secretaria Estadual da Educação. Os valores, com média de R$ 8 mil, por escola, serão destinados seguindo critérios como número de alunos, vulnerabilidade da região em que está instalada e complexidade da escola. Os repasses serão feitos em três lotes, a partir do segundo semestre.
O método está em prática no Estado desde 2017, quando 77 escolas da Zona Leste da Capital usaram o MMR como projeto piloto. Durante o período, a média dos alunos do Ensino Médio no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) registrou crescimento de 15% se comparado à edição de 2015.
O MMR é uma metodologia de gestão que prevê a identificação do problema, a proposta de soluções e disseminação de boas práticas em todas as instituições de ensino. “O MMR traz método de gestão. Estamos construindo práticas existentes na rede no MMR para que tenhamos uma forma comum de trabalhar e que envolve todo o sistema”, completa Izabela Murici, sócia da Falconi consultoria.
O programa tem atuação primordial em diretorias. Ajuda a organizar a rotina de trabalho, promove paradas estratégicas para correção de rumos e abre possibilidades de complementar ações ora planejadas, ora refeitas. “Quando os problemas se tornam mais complexos, precisamos de um caminho estruturado. Não dá mais para trabalhar com base na tentativa e erro, na experiência e no empirismo”, pontua Fabrícia Nieri, gestora do MMR na Secretaria de Educação.
Para tornar os objetivos mais concretos, as metas do MMR são fixadas em murais para facilitar a visualização. O método também prevê a formação continuada de professores. “A figura do professor é a mais importante da educação. 85% da Educação Básica é formada por professores. A mudança de mentalidade deles é custosa e demora, mas vale a pena”, pontua o secretário executivo da educação, Haroldo Rocha.
Outra mudança que o MMR traz é a mudança na relação entre professor e aluno. “Temos que tornar o professor um co-aprendiz junto ao aluno, como se ele fosse um monitor do aluno no processo de ensino”, diz Vicente Falconi, consultor em gestão da educação. Hoje, o MMR é aplicado em oito passos que ajudam a elaborar um planejamento estratético para a educação.