Causou grande comoção na comunidade do Senado o falecimento de um dos servidores mais queridos da Casa, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, aos 56 anos, na noite da última sexta-feira (30 de abril), em consequência da covid-19.
Pedrão, que foi diretor da Secretaria de Polícia do Senado Federal , estava internado desde o dia 19 de abril. Deixa esposa e dois filhos, Rafael e Amanda. O sepultamento ocorreu no sábado (1º), no cemitério Campo da Esperança, na presença de colegas e amigos mais próximos.
A esposa, Vera Lúcia, com quem Pedrão foi casado por 33 anos, agradeceu o apoio do Senado durante a internação do marido. Ela ressaltou a atuação de Pedrão na conquista de melhores condições de trabalho para a Polícia do Senado. Recordou momentos da trajetória do marido na Casa, onde ele começou fazendo a identificação dos visitantes na entrada do Anexo I.
— O trabalho no Senado era a vida dele. Ele dizia: “Eu vou ser diretor da Polícia.” E conquistou tudo o que almejou na vida pessoal e profissional. Construímos uma vida juntos. Ele estudou, lutou e tinha muito orgulho do que se tornou.
Em nota de pesar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lembrou o apelido pelo qual o servidor se tornou popular em seus 28 anos de trabalho na Casa:
— Pedrão, como era conhecido por todos os colegas, foi diretor da Secretaria de Polícia Legislativa de março de 2005 a janeiro de 2019. À sua família e amigos, os nossos mais sinceros sentimentos.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente da Casa, expressou “profundo pesar” pela perda de Pedro, com quem tinha amizade.
— Que o eterno Pedrão, com quem tive a honra de conviver por muitos anos no Senado, descanse em paz e que Deus o conserve em sua infinita generosidade.
Outros ex-presidentes do Senado que conviveram com Pedrão também o homenagearam. Ao expressar suas condolências, José Sarney lembrou o papel de Pedrão na modernização da Polícia Legislativa.
— Foi com grande comoção que recebi a notícia do falecimento do Pedro, um dos melhores quadros do Senado Federal. Meu testemunho de ex-presidente do Senado é que ele era um homem correto, honesto, competente, cumpridor dos seus deveres e tinha um grande zelo pela Casa. Nossa convivência me fez seu amigo. O Senado fica desfalcado de um funcionário exemplar, que prestou grandes serviços à Casa. Era uma personalidade íntegra, de grande conhecimento da área de segurança e responsável pela modernização desse setor.
O ex-senador Eunício Oliveira homenageou o servidor, que também era o diretor da Polícia durante seu mandato à frente da Casa.
— Em minha gestão como presidente, Pedrão foi um profissional comprometido, leal e extremamente humano em suas ações — afirmou.
A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, também deu um testemunho sobre sua convivência de mais de 20 anos com Pedrão na Casa.
— O Pedro foi um colega muito dedicado e, mais do que isso, um amigo leal. Conversávamos muito e sempre me chamou a atenção a enorme dedicação que ele tinha ao Senado e à família.
Ilana Trombka lamentou que a comunidade do Senado já tenha perdido, em razão da pandemia, três senadores (Arolde de Oliveira, José Maranhão e Major Olimpio) e ainda servidores da ativa, aposentados e terceirizados.
— Toda pessoa que se vai dói muito em todos nós. E não é diferente neste momento. O Pedrão deixou a marca dele na história do Senado. Como diretora-geral, quero aqui consignar o carinho que todos temos pelo Pedro e pela sua família, e a falta que ele vai fazer na nossa comunidade.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)